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Videoconferência preparatória do G8 tem Síria como principal tema

A conversa prévia ao G-8 acontece um dia depois do anúncio do presidente Obama, em que concordava com França e Grã-Bretanha sobre o uso de armas químicas

PARIS - A três dias da cúpula do G-8, na Irlanda do Norte, uma videoconferência preparatória foi realizada nesta sexta-feira (14/6) entre os presidentes Barack Obama (EUA) e François Hollande (França), a chanceler Angela Merkel (Alemanha), e os primeiro-ministros David Cameron (Grã-Bretanha) e Enrico Letta (Itália), informou o governo francês, acrescentando que a Síria foi o tema dominante.

O presidente Hollande conversou com Obama, Merkel, Cameron e Letta "com o objetivo de preparar a cúpula do G-8, que acontece em 17 e 18 de junho, em Lough Erne, na Grã-Bretanha", anunciou o Eliseu, em um comunicado.

"Eles tiveram uma troca profunda sobre os temas do G-8 e, em particular, sobre a Síria", afirmou o assessor, acrescentando que a discussão durou cerca de uma hora.

Um pouco mais cedo em Washington, o vice-assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, comentou que a consulta a cinco partes trataria, sobretudo, do caso sírio.



[SAIBAMAIS] A conversa prévia ao G-8 acontece um dia depois do anúncio do presidente Obama, em que concordava com França e Grã-Bretanha sobre o uso de armas químicas por parte do governo sírio de Bashar al-Assad.

Embora a imprensa americana tenha falado em "apoio militar aos rebeldes" e na possibilidade de proteção aérea dos campos de treinamento da oposição, a Casa Branca rejeitou nesta sexta a ideia de impor de imediato uma zona de exclusão aérea para ajudar os rebeldes.

À tarde, em uma coletiva de imprensa no Eliseu com o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, o presidente Hollande afirmou que o reconhecimento por parte dos Estados Unidos confirma a necessidade de "exercer uma pressão, incluindo no plano militar", na Síria.

"Essa revelação confirma exatamente a pressão que temos de exercer sobre o regime de Bashar al-Assad", declarou Hollande, insistindo na importância de uma "questão política", que envolveria a renúncia do presidente Al-Assad.

"E nós também devemos exercer uma pressão, incluindo no plano militar", acrescentou.