Cidade do Vaticano - O papa Francisco quer reforçar a colegialidade na Igreja e prevê a criação de um conselho permanente a partir da estrutura existente dos sínodos, e ressaltou nesta quinta-feira (13/6) que tem trabalhado em estreita colaboração com os oito cardeais nomeados para reformar a Igreja. Em uma conversa informal com os membros do Conselho Ordinário do Sínodo dos Bispos (que se reuniu em setembro/outubro, sobre o tema da Nova Evangelização), o papa Francisco declarou que deseja construir um sólido apoio para governar sobre uma base "sinodal".
Muitos vaticanistas acreditam que a reforma que o Papa planeja constitui em modernizar "Pastor Bonus", sem revolucionar, e aplicar as recomendações da colegialidade previstas pelo Concílio Vaticano II (1962-1965), que caíram em desuso. Alguns no Vaticano acreditam que este "G8" será um grupo meramente consultivo, que não competirá com a Secretaria de Estado. De qualquer forma, continua a ser um grupo informal, sem poder executivo, mas o Papa parece dar-lhe uma grande influência.
A Pastoral da Família poderia ser tratada sob a forma de "sínodo", indicou, ressaltando a importância que deve ser dada a questão. Ele também mencionou algumas "práticas da medicina que vão contra a ecologia humana" e uma "laicidade que se tornou secularismo": questões sobre as quais a Igreja deve discutir, disse.
O papa Francisco também anunciou que terminará de escrever uma encíclica sobre a fé, cujo "trabalho duro" já havia sido feito por Bento XVI, que lhe entregou para concluir. Após este texto escrito a "quatro mãos", ele poderia escrever uma exortação apostólica sobre a evangelização, sugeriu.