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Nelson Mandela passa terceira noite no hospital em estado grave

A presidência da África do Sul não divulgou informações sobre seu estado, apenas que sua situação era "grave, mas estável"

Pretoria - O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela passa sua terceira noite no hospital, onde foi internado no sábado em estado "grave" por uma pneumonia. A África do Sul permanece dividida entre a preocupação, a resignação e o desejo de que o líder tenha um final digno. Desde o anúncio de sua internação, na madrugada de sábado, a presidência não divulgou informações sobre seu estado. A última informação médica dizia que sua situação era "grave, mas estável".

Segundo os jornalistas, Mandela teria recebido duas vezes a visita da família, no hospital de Pretória, onde ele estaria sendo tratado. A presidência se nega, porém, a confirmar até mesmo a instituição em que ele está internado.

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O ícone da luta contra o Apartheid completará 95 anos em 18 de julho. Em dois anos e meio, esta é sua quarta internação por problema pulmonar, além de uma ida feita ao hospital para a realização de exames. Em meio aos votos para sua pronta recuperação, desta vez, ganham forças as vozes que defendem que o herói tem o direito de morrer e ficar em paz. "É hora de deixá-lo partir", dizia, neste domingo, a primeira página do jornal "Sunday Times", com um Mandela sorridente em um gesto de adeus.

"Agora, a família deve deixá-lo para que Deus intervenha à sua maneira", disse ao jornal Andrew Mlangeni, um velho amigo de Mandela, resumindo uma opinião que começou a se espalhar pelas redes sociais nas últimas horas.

No Twitter, cresciam os apelos por um fim tranquilo de Mandela. "Temos de rezar para que fique bem ou para que Deus o liberte do sofrimento? Acho que é hora de deixá-lo partir", escreveu um internauta. "É hora de deixá-lo ir com calma, com tranquilidade, com elegância. Merece ir embora com dignidade", acrescentou outro usuário do Twitter.

Em Qunu, povoado natal de Mandela no sul da África do Sul, seu neto e chefe do clã, Mandla Mandela, de 39, fez um momento de silêncio, informou a rede eNCA.