Moscou - Quase 4,5 mil passageiros do metrô de Moscou foram retirados e 17 foram hospitalizados nesta quarta-feira (5/6), que, segundo testemunhas, foi uma experiência "infernal". Segundo pessoas que estavam na estação Okhotny Riad, perto do Kremlin, o acidente aparentemente ocorreu devido a um curto-circuito em um cabo, às 08h30 do horário local. "O incêndio foi controlado às 09h04. Quase 4,5 mil pessoas foram retiradas do local", informou à AFP o porta-voz do ministério russo de Situações de Emergência, Viktor Biriukov.
"Os trens já não funcionam e cheiram muito mal. É horroroso", compartilhou @karina. "O que acontece agora demonstra que o metrô funciona no limite de suas capacidades. Uma pequena falha e o inferno se expande a todas as partes", opina @batsueva. Esta situação teve consequências nos outros transportes públicos do centro da capital, já que os ônibus e os outros meios de condução ficaram cheios. Milhares de pessoas precisaram caminhar por grandes avenidas para chegar ao trabalho.
"A fumaça subterrânea parou Moscou", diz a manchete do site de notícias gazeta.ru. O metrô de Moscou já foi alvo de um duplo atentado em 2010, que causou a morte de 40 pessoas. Inaugurado em 1935 no governo Stálin, o metrô de Moscou - que tem algumas estações consideradas verdadeiras obras arquitetônicas - tem, segundo seus administradores, um dos maiores fluxos de passageiros do mundo, com uma média de mais de sete milhões de passageiros nos dias úteis.