Um advogado francês, Patrick Klugman, que representa o Femen e as famílias das detidas, considerou um bom sinal ter sido autorizado a apresentar seus argumentos e considerou positivo que as mulheres devam responder ao crime de indecência, e não de atentado ao pudor.
De qualquer forma, podem ser condenadas a até seis meses de prisão.
"Acusam as Femen de terem cometido um ato de indecência, mas esta infração carece de fundamento material ou intelectual: usam seus corpos não como um objeto de exibição para seduzir, mas como uma mensagem política", expôs Klugman em declarações à AFP.
"Vamos pedir que as Femen sejam ouvidas, não que sejam observadas", acrescentou.
A questão é muito delicada em um país onde os islamitas do Ennahda, no poder, enfrentam a pressão crescente do integralismo salafista.
Na terça-feira, uma ativista ucraniana do Femen que viajou à Tunísia para apoiar as três mulheres julgadas foi detida e expulsa imediatamente do país, segundo o grupo feminista.