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EUA e China acordam negociar normas sobre ciberespionagem

Está previsto que o primeiro encontro entre as delegações dos dois países seja realizado em julho

Nova York - Estados Unidos e China concordaram em realizar a partir de julho negociações de forma regular e no mais alto nível para estabelecer normas sobre segurança cibernética e espionagem comercial, informou no sábado o jornal The New York Times.

Este seria o "primeiro esforço diplomático para relaxar as tensões (entre os dois países) depois das declarações dos Estados Unidos sobre a ação de hackers e roubo de segredos corporativos e governamentais diários", de acordo com o jornal.



"Precisamos estabelecer normas e regras", afirmou de forma anônima um funcionário americano envolvido no estabelecimento das negociações, em uma entrevista ao jornal.

Está previsto que o primeiro encontro entre as delegações dos dois países seja realizado em julho. A notícia chega pouco antes de o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e de seu colega chinês, Xi Jinping, se reunirem nos dias 7 e 8 de junho em Rancho Mirage, na Califórnia.

"Autoridades americanas não esperam que o processo produza imediatamente uma grande queda nas ingerências diárias da China", afirma o The New York Times.

No entanto, "é um tema sério que não pode ser abordado simplesmente com um encontro", acrescentou a fonte, que informou que as primeiras negociações se centrarão no roubo da propriedade intelectual de companhias americanas.

"Nossas preocupações não se limitam a isso, mas é o que requer mais atenção", explicou.

O chefe do Pentágono, Chuck Hagel, acusou no sábado a China de promover a ciberespionagem contra os Estados Unidos, durante sua intervenção em um fórum de Cingapura sobre segurança na Ásia na presença de uma delegação militar chinesa. O governo de Pequim também afirma ser vítima de ciberataques.