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Integrante do grupo Pussy Riot termina greve de fome

Alekhina começou uma greve de fome no dia 22 de maio para protestar contra uma decisão da justiça que a impediu de participar de uma audiência sobre seu pedido de antecipação de soltura

Moscou - A jovem Maria Alekhina, uma das duas integrantes do grupo Pussy Riot que estão presas, suspendeu a greve de fome que havia iniciado há 11 dias, informou neste sábado o marido da outra integrante presa.

"Maria disse que a administração da penitenciária foi mostrar a ela que todas as suas reivindicações foram atendidas (...) e anunciou o fim da sua greve de fome", explicou Piotr Verzilov, marido de Nadejda Tolokonnikova. Ele contou que falou com a jovem pelo telefone no início da manhã.

Alekhina informou que obteve uma melhora nas suas condições de cárcere e de deslocamento na colônia de Berezniki, nos Urais, onde ela cumpre uma pena de dois anos.

[SAIBAMAIS]Dentre as reclamações da jovem, estava o fato de que há um mês alguns locais de trabalho e certos prédios estavam fechados com um cadeado, impedindo as detentas de sair sem serem acompanhadas por um empregado da prisão. Segundo Alekhina, estes cadeados foram retirados.

Verzilov indicou que ela estava na enfermaria da prisão. "Ela está muito fraca, mas esta vitória renovou suas energias", disse.

Alekhina começou uma greve de fome no dia 22 de maio para protestar contra uma decisão da justiça que a impediu de participar de uma audiência sobre seu pedido de antecipação de soltura. A demanda foi rejeitada. Após a decisão, ela deu prosseguimento ao protesto.

Maria Alekhina e Nadejda Tolokonnikova foram presas em fevereiro de 2012 na catedral de Cristo Salvador de Moscou, onde dançaram e cantaram uma "oração punk" pedindo à Virgem Maria que "perseguisse Putin", para denunciar a ligação entre a Igreja ortodoxa e o poder político.