Paris - O jovem preso nesta quarta-feira no subúrbio de Paris tinha se convertido recentemente ao Islã e, sem dúvida, agiu em nome de sua "ideologia religiosa", indicou o procurador de Paris, François Molins.
Alexandre, um francês que fará 22 anos nesta quinta, "reconheceu os fatos" durante a sua detenção ocorrida na casa de um de seus amigos, declarou o procurador durante uma entrevista coletiva à imprensa, mencionando uma "vontade de matar muito evidente" do suspeito.
A "classificação terrorista" de seu ato será provavelmente mantida, segundo Molins, que se negou a dizer se o jovem tinha outros planos criminosos.
"As características dos fatos, sua prática três dias após Londres e a oração feita logo depois da ação nos leva a supor que ele agiu em nome de sua ideologia religiosa e que seu desejo era atacar um representante do Estado", ressaltou Molins.
A agressão do militar ocorreu no sábado, três dias após o assassinato de um soldado britânico por dois islamitas em Londres, sem que nenhuma ligação tenha sido estabelecida entre os dois ataques.
O ministro do Interior, Manuel Valls, alertou nesta quarta-feira para o risco representado por "centenas de europeus" que foram combater na Síria ao lado de "tropas claramente ligadas à Al-Qaeda".
Segundo um documento do procurador, Alexandre D. comprou duas facas em um supermercado. Uma hora depois, ele foi captado enquanto rezava por câmeras de vigilância e, menos de dez minutos depois, atingiu o pescoço de um militar com uma faca, enquanto este patrulhava um centro financeiro do subúrbio de Paris.
O autor não hesitou "em desferir vários golpes" com uma "determinação impressionante", indicou o procurador.