Jornal Correio Braziliense

Mundo

OMS quer que líderes mundiais impeçam campanhas publicitárias de cigarro

Pelos dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 6 milhões de pessoas morrem, por ano, em decorrência de problemas causados pelo consumo do produto

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prepara um apelo aos líderes mundiais para proibir todas as formas de publicidade ao tabaco. O objetivo é reduzir o consumo de cigarro. Pelos dados da entidade, cerca de 6 milhões de pessoas morrem, por ano, em decorrência de problemas causados pelo consumo do produto. O alerta ocorre às vésperas do Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em 31 de maio.


"O uso do tabaco está no topo da lista de ameaças universais à saúde e, no entanto, é completamente evitável", disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan. ;Os governos devem ter como prioridade máxima impedir a indústria de tabaco de continuar a vergonhosa manipulação dos jovens e das mulheres, em particular, para recrutar a nova geração de viciados em nicotina.;

O diretor do Departamento para a Prevenção das Doenças não Transmissíveis da OMS, Douglas Bettcher, disse que a maioria dos consumidores de tabaco fica dependente antes dos 20 anos de idade. ;Proibir a publicidade, a promoção e o patrocínio é uma das melhores formas de evitar que os jovens comecem a fumar e de reduzir o consumo na população inteira", ressaltou.

Um relatório feito pela OMS em 2011 revelava que apenas 19 países (representando 6% da população mundial) tinham atingido o nível mais elevado de interdição da publicidade do tabaco. Mais de um terço dos países tinham proibições mínimas ou nenhuma.

O Brasil, a Albânia, Colômbia, Gana, o Irã, as Ilhas Maurício, o Panamá e o Vietnam são alguns dos países que mais registraram progressos, segundo a OMS. Pelos dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o tabaco mata até metade dos consumidores. Até 2030, a organização estima que o fumo mate mais de 8 milhões de pessoas por ano.