Moscou - A Rússia afirmou nesta terça-feira que é indispensável que o Irã se junte à conferência de paz proposta por russos e americanos, apesar da discordância de alguns países ocidentais.
"A questão do Irã é chave para nós", afirmou o ministro de Relações Exteriores do país, Sergei Lavrov, durante sua visita a Paris. "Não há dúvidas de que o Irã é uma das nações mais importantes".
A Rússia argumentou que, tanto o Irã - parceiro estratégico do presidente sírio Bashar al-Assad - como a Arábia Saudita, devem se envolver nas negociações como parte de uma nova iniciativa de paz por parte de Moscou e Washington.
A França já havia rejeitado a ideia da participação do Irã, enquanto os Estados Unidos reagiram à proposta russa com ceticismo.
A Rússia e o Irã são vistos como os aliados mais importantes de Assad, além de fornecerem as armas usadas pelas forças do regime sírio.
[SAIBAMAIS]
Lavrov esclareceu, ainda, que ele e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, concordaram que é necessário mais "clareza" sobre quem poderá participar das negociações propostas.
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"E isso se refere não só aos sírios que vão representar os diferentes segmentos da sociedade, mas também aos estrangeiros", acrescentou o chanceler russo.
Hoje mais cedo, autoridades russas negaram que uma data específica para a conferência já estivesse sendo definida. Relatos da imprensa sugerem que é possível que as conversas comecem na semana que se inicia no dia 10 de junho.