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Plano de ajuda dos EUA não incentiva paz entre palestinos e Israel

Em um comunicado, a direção palestina alertou nesta segunda-feira que "não oferecerá concessão política em troca de facilidades econômicas"



[SAIBAMAIS]O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu prega há anos a ideia de uma "paz econômica", segundo a qual a melhoria das condições de vida dos palestinos os tornaria mais compreensíveis. Um porta-voz do Hamas, no poder na Faixa de Gaza, afirmou em sua página no Facebook que "o dito plano econômico citado por Kerry vende uma ilusão mentirosa à opinião pública, que serve apenas para ganhar tempo em favor da entidade israelense".

Kerry anunciou no domingo um plano de 4 bilhões de dólares de investimentos para relançar a economia palestina, durante o encerramento da reunião do Fórum Econômico Mundial em Al-Shunah (Jordânia). Segundo ele, especialistas já estão trabalhando no projeto para que ele seja "real, tangível e pronto para ser iniciado", e que, em três anos, "aumentará em 50% o PIB palestino.

Kerry encarregou o enviado do Quarteto para o Oriente Médio (grupo formado por Rússia, EUA, União Europeia e ONU), Tony Blair, de elaborar um plano econômico para atrair turismo e investimentos privados na Cisjordânia e infundir esperança no território palestino. Israel não reagiu oficialmente ao projeto.