A Embaixada do Brasil na Turquia aguarda a liberação dos documentos, pelas autoridades turcas, para dar andamento à repatriação dos corpos das três turistas brasileiras, que morreram no último dia 20, durante o choque entre dois balões na Capadócia. Não há previsão do prazo para a liberação dos documentos. Porém, a expectativa dos diplomatas brasileiros que acompanham o processo é que isso ocorra nos próximos dias.
Porém, cinco turistas brasileiros deverão ser mantidos internados em quatro hospitais das regiões de Layseri e o Nevsehir. Uma equipe de três funcionários da embaixada brasileira ainda está na região da Capadócia, a cerca de 300 quilômetros da capital Ancara. O embaixador do Brasil na Turquia, Antonio Salgado, passou dois dias no local para conversar com as famílias das turistas mortas e os feridos.
Pelo menos 22 pessoas ficaram feridas no choque entre dos dois balões, oito são turistas brasileiros, mas há também argentinos e espanhóis. Por orientação dos guias, o passeio ocorre sempre ao amanhecer, os turistas devem estar preparados por volta das 5h. A vista é considerada um cartão-postal aéreo: é possível ver um céu claro, de um azul límpido, e as cavernas que, até os anos de 1950, eram moradias de religiosos. A Capadócia é uma região de paisagem e pouco habitada, mas muito visitada por turistas estrangeiros.
Desde 1997, há passeios de balão de ar quente na Capadócia. O presidente da Comissão da Capadócia Balão de Ar, Funda Aktan, disse que neste período houve dois acidentes com mortes. Na Capadócia, 21 empresas estão licenciadas para passeios de balão. O primeiro acidente ocorreu em 2009, na região de Nevsehir, onde um turista morreu e dez pessoas ficaram feridas. O segundo ocorreu na segunda-feira (20), matou três brasileiros e feriu 22 pessoas.