"Com a sentença de 10 de maio, o tribunal havia enviado um sinal forte de que os crimes contra milhares de vítimas maias não ficariam impunes. A Corte de Constitucionalidade questiona agora esta mensagem colocando em risco o direito à verdade, à justiça e ao reparo na Guatemala", concluiu.
Ríos Montt, de 86 anos, havia sido condenado a 50 anos de prisão por genocídio e a 30 anos por crimes contra a Humanidade, como responsável pelo massacre de 1.771 indígenas maias-ixiles cometido pelo Exército no departamento de Quiché (norte), durante seu governo entre 1982 y 1983.
A sentença fez de Ríos Montt o primeiro ex-governante latino-americano condenado por genocídio.