Para o jornalista, Maduro está em uma "armadilha" e corre o risco de perder o controle das Forças Armadas para os seguidores de Cabello, o que pode desencadear um golpe de Estado. "Têm que se sentar com Maduro e dizer a ele as coisas. Quase disse a Maduro (que) há uma conspiração, mas não sei qual vai ser a sua reação, pode ser contraproducente", afirmou Silva ao suposto membro do G2.
[SAIBAMAIS]Silva advertiu também para divisões entre os militares e para uma suposta desconfiança da esposa de Maduro, Cilia Flores, em relação ao ministro da Defesa, Diego Molero, por acreditar que este pretende "dar um golpe de Estado, porque isso é o que estão dizendo".
O apresentador também acusa o presidente da Assembleia Nacional de corrupção e de lavagem de dinheiro através "de empresas de fachada" e adverte: "há ministros aqui que não sabem sequer o que fazer e o mais provável é que estejam roubando, Palacios, porque acham que isto vai desmoronar", referindo-se ao projeto ;chavista;. Também afirma que tem duas fontes principais de financiamento: o Cadivi (órgão de administração de divisas) e o Seniat (arrecadação de impostos).
De acordo com Silva, o próprio Cabello "entregou" o slogan "Maduro não é Chávez" para a oposição, que o usou amplamente desde a morte do presidente, no dia 5 de março, vítima de câncer. Finalmente, Silva diz temer por sua vida por "saber de muita merda" e revela ter escapado de uma tentativa de assassinato: "descobrimos dois (matadores) e pum, pam, resolvemos...".
No Twitter, Silva afirmou nesta segunda-feira que o áudio é uma "montagem" e disse que em breve se pronunciará. Cabello reagiu à apresentação do áudio com um tuite: ";União, Luta, Batalha e Vitória; Chavez Dic12", escreveu, lembrando as palavras do falecido presidente. O líder da oposição, Henrique Capriles, disse que a gravação revela "a podridão" do governo e a ingerência dos dirigentes cubanos nos assuntos da Venezuela.