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Irã e Argentina investigam atentado contra judeus em Buenos Aires

O Congresso da Argentina aprovou em 28 de fevereiro passado um acordo entre os dois países que permite às autoridades argentinas interrogar ex-dirigentes iranianos denunciados pelo ataque

Buenos Aires - O Irã aprovou um memorando de entendimento com a Argentina para formar uma comissão encarregada de investigar o atentado contra a associação judaica AMIA, em Buenos Aires, que em 1994 deixou 85 mortos e mais de 300 feridos. Segundo o encarregado iraniano de negócios na Argentina, Ali Pakdaman, "o memorando foi aprovado ontem (domingo) no Irã".

O Congresso da Argentina aprovou em 28 de fevereiro passado um acordo entre os dois países que permite às autoridades argentinas interrogar ex-dirigentes iranianos denunciados pelo ataque. O acordo foi rejeitado pela oposição e por diversos dirigentes da comunidade judaica argentina, que reúne cerca de 300 mil membros.



Buenos Aires e Teerã firmaram em 27 de janeiro passado um memorando para criar uma Comissão da Verdade, integrada por cinco membros, nenhum deles iraniano ou argentino.

O acordo estabelece a possibilidade de que os cinco juristas e o juiz argentino encarregado do processo possam interrogar em Teerã os oito denunciados pelo ataque, entre eles o atual ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, e o ex-presidente Alí Rafsanjani (1989-1997).