Bagdá - O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, anunciou nesta segunda-feira (20/5) uma mudança iminente em sua política de segurança, no momento em que o país sofre uma nova onda de ataques que deixou 72 mortos desde a noite de domingo. "Estamos perto de substituir centenas de pessoas encarregadas da segurança, de nível alto e intermediário, e de mudar a estratégia de segurança", disse Maliki em uma coletiva de imprensa organizada em um antigo palácio de Saddam Hussein.
Maliki anunciou que seriam tomadas decisões neste sentido na terça-feira no conselho de ministros. O primeiro-ministro xiita, muito criticado pela minoria sunita, que se sente estigmatizada, e por alguns sócios de sua coalizão, quis passar a imagem de um governo unido.
Flanqueado por pesos-pesados de seu governo, incluindo os ministros da Defesa e da Justiça e por seus dois vice-primeiros-ministros, Maliki assegurou ao povo iraquiano que (os insurgentes) não voltarão a mergulhar o país em um conflito religioso, como o registrado em 2006 e 2007.
Na época, o número mensal de vítimas da violência superava mil. O envio de tropas americanas adicionais, ao lado de combatentes sunitas anti-Al-Qaeda das milícias Sahwa (Despertar, em árabe), permitiram reduzir claramente esses ataques a partir de 2007.
Onda de violência
O país foi sacudido nas últimas semanas por uma nova onda de violência acompanhada por uma profunda crise política. Desde o início do ano, os episódios de violência deixaram mais de 200 mortos por mês, com um novo pico de mais de 460 em abril. Desde a noite de domingo, 72 pessoas morreram em diversos ataques.
Nesta segunda-feira (20/5), vários atentados, a maioria deles praticado com carros-bomba, atingiram bairros majoritariamente xiitas de Bagdá. O ataque mais violento na capital deixou 12 mortos em um mercado. Outras onze pessoas morreram em outros atentados na cidade.
Em Basra, grande cidade portuária de maioria xiita do sul do país, dois atentados com carros-bomba deixaram 13 mortos e 48 feridos, segundo o chefe dos serviços médicos municipais, Riyad Abdelamir. Perto de Samarra, 100 km ao norte da capital, um atentado com carro-bomba contra peregrinos xiitas iranianos deixou oito mortos. E, na mesma zona, três milicianos das Sahwa morreram em dois incidentes. Em Mossul (norte), o proprietário de uma loja morreu enquanto trabalhava no domingo à noite. E em Al-Anbar, a oeste do país, foram registrados confrontos entre a polícia e homens armados na noite de domingo.
Um comando das forças especiais tentou libertar policiais que haviam sido sequestrados no sábado, indicou o tenente-coronel da polícia Majid al-Jlaybayu. Mas, durante a operação, doze reféns morreram e quatro ficaram feridos, acrescentou. Em outros dois incidentes registrados na noite de domingo, homens armados atacaram duas delegacias de polícia em Haditha, 210 km a noroeste de Bagdá. Doze policiais morreram nestes ataques, segundo um oficial da polícia e uma fonte médica.
A província de Al-Anbar também é um dos centros de protestos contra o governo que os sunitas iniciaram em dezembro, acusando Maliki de acumular o poder e as autoridades de utilizar a legislação antiterrorista contra eles. O governo fez algumas concessões, libertando prisioneiros e aumentando os salários das milícias Sahwa. No entanto, o problema central não foi resolvido e as manifestações prosseguem.
Maliki anunciou que seriam tomadas decisões neste sentido na terça-feira no conselho de ministros. O primeiro-ministro xiita, muito criticado pela minoria sunita, que se sente estigmatizada, e por alguns sócios de sua coalizão, quis passar a imagem de um governo unido.
Flanqueado por pesos-pesados de seu governo, incluindo os ministros da Defesa e da Justiça e por seus dois vice-primeiros-ministros, Maliki assegurou ao povo iraquiano que (os insurgentes) não voltarão a mergulhar o país em um conflito religioso, como o registrado em 2006 e 2007.
Na época, o número mensal de vítimas da violência superava mil. O envio de tropas americanas adicionais, ao lado de combatentes sunitas anti-Al-Qaeda das milícias Sahwa (Despertar, em árabe), permitiram reduzir claramente esses ataques a partir de 2007.
Onda de violência
O país foi sacudido nas últimas semanas por uma nova onda de violência acompanhada por uma profunda crise política. Desde o início do ano, os episódios de violência deixaram mais de 200 mortos por mês, com um novo pico de mais de 460 em abril. Desde a noite de domingo, 72 pessoas morreram em diversos ataques.
Nesta segunda-feira (20/5), vários atentados, a maioria deles praticado com carros-bomba, atingiram bairros majoritariamente xiitas de Bagdá. O ataque mais violento na capital deixou 12 mortos em um mercado. Outras onze pessoas morreram em outros atentados na cidade.
Em Basra, grande cidade portuária de maioria xiita do sul do país, dois atentados com carros-bomba deixaram 13 mortos e 48 feridos, segundo o chefe dos serviços médicos municipais, Riyad Abdelamir. Perto de Samarra, 100 km ao norte da capital, um atentado com carro-bomba contra peregrinos xiitas iranianos deixou oito mortos. E, na mesma zona, três milicianos das Sahwa morreram em dois incidentes. Em Mossul (norte), o proprietário de uma loja morreu enquanto trabalhava no domingo à noite. E em Al-Anbar, a oeste do país, foram registrados confrontos entre a polícia e homens armados na noite de domingo.
Um comando das forças especiais tentou libertar policiais que haviam sido sequestrados no sábado, indicou o tenente-coronel da polícia Majid al-Jlaybayu. Mas, durante a operação, doze reféns morreram e quatro ficaram feridos, acrescentou. Em outros dois incidentes registrados na noite de domingo, homens armados atacaram duas delegacias de polícia em Haditha, 210 km a noroeste de Bagdá. Doze policiais morreram nestes ataques, segundo um oficial da polícia e uma fonte médica.
A província de Al-Anbar também é um dos centros de protestos contra o governo que os sunitas iniciaram em dezembro, acusando Maliki de acumular o poder e as autoridades de utilizar a legislação antiterrorista contra eles. O governo fez algumas concessões, libertando prisioneiros e aumentando os salários das milícias Sahwa. No entanto, o problema central não foi resolvido e as manifestações prosseguem.