Moscou - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, pediram nesta sexta-feira (16/5) a organização o mais rápido possível de uma conferência internacional sobre a Síria para acabar com o derramamento de sangue.
Após um encontro em Sochi (sul da Rússia), Ban também pediu que o regime de Damasco permita que os especialistas da ONU investiguem o país para verificar as acusações sobre o uso de armas químicas na guerra entre o o governo e os rebeldes. "A organização de uma conferência deve acontecer o mais rápido possível porque as expectativas são altas", declarou Ban em uma entrevista coletiva.
[SAIBAMAIS]Ele também se reunirá em Sochi com o presidente russo, Vladimir Putin. "Quanto antes acontecer, melhor", disse Lavrov. Mas o chanceler russo advertiu que é muito cedo para fixar uma data para as conversações de Genebra - que devem acontecer na primeira quinzena de junho - porque a composição das delegações sírias ainda não foi decidida.
"Agora é importante saber quem participará no lado sírio, de outro modo não acontecerá nada. Também é indispensável chegar a um acordo sobre os países que participarão", completou. As novas conversações devem incluir os rebeldes e membros do regime, algo complicado, já que uma parcela da oposição se nega a reconhecer Assad como parte nas negociações.
Moscou também pede a inclusão de seu sócio comercial Irã e da Arábia Saudita, aliada americana, como contrapeso. O presidente americano, Barack Obama, disse na quinta-feira que continuará pedindo a saída de Assad, mas não como condição prévia para as conversações de Genebra, um ponto de insistência de Moscou.
"Estamos de acordo que Assad deve sair. Deve transferir o poder a um corpo de transição", afirmou Obama em uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, após uma reunião na Casa Branca. "Esta é a única maneira de resolvermos esta crise", destacou.
As negociações de Genebra foram definidas durante uma visita em 7 de maio a Moscou do secretário de Estado americano, John Kerry. O acordo é considerado um esforço conjunto para alcançar a paz por parte dos antigos rivais após mais de dois anos de guerra na Síria.
O secretário-geral da ONU disse ainda que os especialistas da organização estão dispostos a visitar os lugares onde se afirma que armas químicas são usadas. Ban pediu mais uma vez a Damasco que autorize a investigação. Serguei Lavrov disse que "não entende" a revolta provocada pela venda de armas russas ao regime de Damasco, do qual Moscou é um dos últimos apoios.
"Não escondemos que entregamos armas à Síria por contratos assinados, sem violar os acordos internacionais", disse. "Entregamos, antes de mais nada, armas de defesa vinculadas ao sistema de defesa aéreo. Isto não altera de nenhuma forma as forças presentes nesta região", afirmou Lavrov.
A Rússia confirmou no fim da semana passada, poucos dias depois dos ataques israelenses na Síria, que estava "finalizando" a entrega ao regime de Damasco dos sistemas terra-ar sofisticados S-300, equivalentes ao Patriot americano.
Após um encontro em Sochi (sul da Rússia), Ban também pediu que o regime de Damasco permita que os especialistas da ONU investiguem o país para verificar as acusações sobre o uso de armas químicas na guerra entre o o governo e os rebeldes. "A organização de uma conferência deve acontecer o mais rápido possível porque as expectativas são altas", declarou Ban em uma entrevista coletiva.
[SAIBAMAIS]Ele também se reunirá em Sochi com o presidente russo, Vladimir Putin. "Quanto antes acontecer, melhor", disse Lavrov. Mas o chanceler russo advertiu que é muito cedo para fixar uma data para as conversações de Genebra - que devem acontecer na primeira quinzena de junho - porque a composição das delegações sírias ainda não foi decidida.
"Agora é importante saber quem participará no lado sírio, de outro modo não acontecerá nada. Também é indispensável chegar a um acordo sobre os países que participarão", completou. As novas conversações devem incluir os rebeldes e membros do regime, algo complicado, já que uma parcela da oposição se nega a reconhecer Assad como parte nas negociações.
Moscou também pede a inclusão de seu sócio comercial Irã e da Arábia Saudita, aliada americana, como contrapeso. O presidente americano, Barack Obama, disse na quinta-feira que continuará pedindo a saída de Assad, mas não como condição prévia para as conversações de Genebra, um ponto de insistência de Moscou.
"Estamos de acordo que Assad deve sair. Deve transferir o poder a um corpo de transição", afirmou Obama em uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, após uma reunião na Casa Branca. "Esta é a única maneira de resolvermos esta crise", destacou.
As negociações de Genebra foram definidas durante uma visita em 7 de maio a Moscou do secretário de Estado americano, John Kerry. O acordo é considerado um esforço conjunto para alcançar a paz por parte dos antigos rivais após mais de dois anos de guerra na Síria.
O secretário-geral da ONU disse ainda que os especialistas da organização estão dispostos a visitar os lugares onde se afirma que armas químicas são usadas. Ban pediu mais uma vez a Damasco que autorize a investigação. Serguei Lavrov disse que "não entende" a revolta provocada pela venda de armas russas ao regime de Damasco, do qual Moscou é um dos últimos apoios.
"Não escondemos que entregamos armas à Síria por contratos assinados, sem violar os acordos internacionais", disse. "Entregamos, antes de mais nada, armas de defesa vinculadas ao sistema de defesa aéreo. Isto não altera de nenhuma forma as forças presentes nesta região", afirmou Lavrov.
A Rússia confirmou no fim da semana passada, poucos dias depois dos ataques israelenses na Síria, que estava "finalizando" a entrega ao regime de Damasco dos sistemas terra-ar sofisticados S-300, equivalentes ao Patriot americano.