postado em 15/05/2013 08:52
O governo russo decretou ontem a expulsão de Ryan Fogle, um suposto diplomata norte-americano preso ao tentar recrutar um de seus oficiais de inteligência para trabalhar na Agência Central de Inteligência (CIA). De acordo com o Serviço de Segurança Federal da Rússia (FSB, antiga KGB), Fogle era secretário da Embaixada dos Estados Unidos em Moscou e ofereceu US$ 100 mil a um funcionário encarregado do combate ao terrorismo no Cáucaso para discutir ;cooperação;. A proposta estava descrita em um documento encontrado com Fogle, segundo o qual o governo norte-americano se dispunha a pagar US$ 1 milhão por ano ;pela cooperação de longo prazo;, com bônus para ;informações úteis;. Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo, declarou o diplomata persona non grata e exigiu sua saída ;o mais rápido possível;. ;Enquanto nossos presidentes reafirmaram sua vontade de expandir a cooperação bilateral, incluindo a luta contra o terrorismo internacional, tais atos provocadores no estilo da Guerra Fria não contribuem para reforçar a confiança mútua;, afirmou Lavrov.
A imprensa russa divulgou imagens de Fogle sendo detido por agentes de segurança. No momento da prisão, ele usava uma peruca loura e portava outra morena. Também carregava pares de óculos escuros e uma grande quantia em notas de 500 euros. Um mapa de Moscou e uma bússola foram encontrados com o agente americano, além da carta que seria entregue ao contato russo. O documento, endereçado a um ;querido amigo;, instruía o destinatário a criar uma conta no Gmail, sem dar indícios de sua real identidade. ;Se você usar um computador ou qualquer outro dispositivo para abrir a conta, por favor, não use nada que contenha seus arquivos pessoais. Se possível, compre um novo equipamento, pagando em dinheiro. Nós o reembolsaremos por esse investimento;, afirmava o texto, assinado por ;seus amigos;.
