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Britânico que matou a neta da companheira é condenado a prisão perpétua

O acusado, que tinha um longo histórico de crimes, se declarou culpado na segunda-feira, quinto dia do julgamento, do assassinato da menor Tia Sharp, em 2 de agosto de 2012 no bairro londrino de Croydon

Londres - Um britânico foi condenado nesta terça-feira (14/5) à prisão perpétua por violentar e assassinar uma menina de 12 anos, antes de esconder o corpo no pavimento superior da casa em que morava há mais de cinco anos com a avó da vítima, que era sua companheira. Stuart Hazell, de 37 anos, deverá cumprir no mínimo 38 anos da pena, decidiu o juiz do Tribunal Penal Central de Londres, Andrew Nicol.

[SAIBAMAIS]O acusado, que tinha um longo histórico de crimes, se declarou culpado na segunda-feira (13/5), quinto dia do julgamento, do assassinato da menor Tia Sharp, em 2 de agosto de 2012 no bairro londrino de Croydon. Até então, apesar das provas apresentadas contra ele, Hazell afirmava que a menina havia falecido em consequência de uma queda na escada.

Tia Sharp morreu provavelmente asfixiada, mas a causa da morte nunca foi determinada com certeza devido do avançado estado de decomposição do corpo quando a polícia o encontrou uma semana depois. O crime foi cometido durante uma noite em que a avó de Tia trabalhava. A avó da menina morava com Hazell há mais de cinco anos.



Depois de matar a jovem, o homem envolveu o corpo em um lençol e em várias capas de plástico, e depois o escondeu no desvão da casa. Quando o desaparecimento foi noticiado, a polícia revistou a casa duas vezes sem conseguir encontrar o cadáver.

Durante a investigação, a polícia descobriu que o agora condenado tinha uma atração perversa pela adolescente, a quem havia filmado no momento em que esta dormia, e era um grande consumidor de pornografia infantil. Também encontraram sangue da menina em um brinquedo sexual e no cinto de Hazell, assim como sêmen no lençol da vítima.

"Foi um crime abominável e inacreditável, agravado pelos esforços de Hazell de esconder o corpo de Tia e de atrapalhar a investigação policial", afirmou a procuradora Alison Saunders.