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'Maníaco de Cleveland' tinha ficha limpa na polícia, afirma procurador

Ariel Castro foi preso na semana passada, depois que uma de suas vítimas, Amanda Berry conseguiu pedir ajuda a um vizinho e fugiu do cativeiro

CHICAGO - Uma busca na base de dados nacional de criminosos do FBI nos Estados Unidos não encontrou registros coincidentes com o DNA de Ariel Castro, que teria sido responsável pelo rapto de três jovens em Cleveland por uma década, informaram as autoridades nesta segunda-feira (13/5).

De acordo com a nota divulgada pelo procurador-geral do estado de Ohio, a busca de todas as amostras de DNA na base de dados estadual e na base nacional do FBI (a Polícia Federal americana) "não teve coincidências" com Ariel Castro, principal suspeito dos raptos de Cleveland.

O porto-riquenho Ariel Castro, de 52 anos, tem cooperado com os investigadores desde que foi detido na semana passada. A polícia disse acreditar que o réu não manteve nenhuma outra refém em sua casa. Nesta segunda pela manhã, a polícia divulgou que o ex-motorista de ônibus escolar tinha um histórico de violência e um comportamento ameaçador, mas que nunca foi acusado de qualquer crime.



Castro foi preso na semana passada, depois que uma de suas vítimas, Amanda Berry, de 27 anos, conseguiu pedir ajuda a um vizinho e fugiu do cativeiro com a filha de seis anos. A polícia invadiu a casa e resgatou outras duas jovens: Gina DeJesus, de 23, e Michelle Knight, de 32. As três foram raptadas em diferentes momentos - em 2002, 2003 e 2004.

Os primeiros testes de DNA confirmaram que Ariel Castro é o pai da menina nascida em cativeiro.

Embora tenham sido presos com Ariel, seus irmãos Pedro e Onil foram liberados pela polícia, devido à ausência de provas de sua participação nos crimes. Ariel Castro permanece detido, depois que um tribunal local estipulou sua fiança em US$ 8 milhões.