Ele foi isolado pelos ultraconservadores desde a reeleição de Ahmadinejad, em 2009, que provocou grandes protestos nas ruas e levou a uma forte repressão e à prisão de centenas de jornalistas, ativistas e simpatizantes reformistas. Rafsanjani pediu na época a libertação dos detidos durante os protestos.
Também neste sábado, Said Jalili, principal negociador nuclear do Irã e próximo ao líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, apareceu inesperadamente no ministério e registrou a sua candidatura.
O negociador de 47 anos, veterano da guerra Irã-Iraque (1980-88) que perdeu sua perna direita no conflito, não falou com a imprensa, segundo correspondentes da AFP.
Jalili lidera a equipe iraniana nas negociações com as potências mundiais sobre as polêmicas atividades nucleares de Teerã, que o Ocidente acredita que tenta desenvolver uma capacidade militar, acusação negada pelo país.
No dia 15 de maio, Jalili deve se encontrar em Istambul com Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia e que representa o chamado grupo 5%2b1, que inclui os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China), além da Alemanha, para discutir mais uma vez o polêmico tema.
Antes de se tornar representante direto do guia supremo iraniano no Conselho Supremo da Segurança Nacional, Jalili já foi vice-ministro das Relações Exteriores, encarregado da Europa e dos Estados Unidos, entre 2005 e 2007.
Ahmadinejad, por sua vez, que derrotou Rafsandjani nas presidenciais de 2005, tem que deixar o poder neste ano, depois de ter exercido dois mandatos consecutivos, o máximo autorizado.