[SAIBAMAIS]A visita ocorre seis dias após a morte de um soldado alemão da força internacional da Otan (Isaf) em um ataque rebelde na província de Baghlan, no norte do Afeganistão. Foi o primeiro soldado alemão a morrer no Afeganistão em quase dois anos.
Outros sete militares estrangeiros morreram no sábado passado, no dia mais sangrento para a Isaf desde agosto de 2012 e em meio à ofensiva talibã deflagrada no final de abril contra as forças afegãs e internacionais por meio de atentados suicidas e ataques de "agentes infiltrados".
Presença alemã no país pós-2014
Merkel também reiterou a vontade de Berlim de manter soldados no Afeganistão ao final da missão da força da Otan (Isaf) em 2014. "Nós não queremos abandonar os afegãos. Se outras nações participarem, a Alemanha está preparada, depois de 2014, a assumir responsabilidades sob outra forma", disse.
Em 18 de abril, Berlim anunciou sua intenção de manter entre 600 e 800 soldados a disposição de uma missão de treinamento, consultoria e suporte, por um período de 2015-2017. O presidente Hamid Karzai afirmou nesta semana, sem citar nomes, que os países da Otan pediram para manter uma presença militar no Afeganistão depois de 2014, e que os americanos querem, por sua vez, manter nove bases militares em todo o país.
Mas Washington indicou que não tem a intenção de manter bases militares permanentes e que qualquer presença de tropas americanas pós-2014 seria "apenas a convite" de Cabul. A manutenção de bases e soldados estrangeiros no Afeganistão é denunciada pelo Talibã, que afirma que a retirada total das tropas é uma das suas condições para quaisquer negociações de paz.
Cerca de 100 mil tropas estrangeiras estão atualmente destacadas no Afeganistão sob os auspícios da Otan. Com 4.200 soldados, a Alemanha tem o terceiro maior contingente da missão, depois dos Estados Unidos e Grã-Bretanha. Expulso do poder em 2001, o Talibã realiza desde então uma revolta armada contra o governo afegão e as forças internacionais, principalmente no leste e sul, considerados seus redutos.