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Atentado e ameaças marcam a véspera das eleições gerais no Paquistão

Os talibãs aconselharam nesta sexta-feira os paquistaneses "a evitar" os locais de votação nas eleições gerais de sábado caso desejem permanecer "vivos"



Mais de 600 mil trabalhadores das forças de segurança serão mobilizados para proteger os colégios eleitorais. No sábado, mais de 86 milhões de paquistaneses devem comparecer às urnas para escolher os 342 deputados da Assembleia Nacional entre 4.670 candidatos, além de seus representantes nas quatro assembleias provinciais entre 11 mil aspirantes.

Os quase 70 mil locais de votação ficarão abertos de 8h (0h de Brasília) às 17h (9h de Brasília). A campanha eleitoral terminou na quinta-feira (9) com os últimos comícios dos três grandes partidos. A votação é considerada crucial para a consolidação democrática nesta potência nuclear. Os analistas acreditam na vitória da Liga Muçulmana (PML-N, centro-direita) de Nawaz Sharif, um magnata do aço que já foi primeiro-ministro duas vezes. Mas o Movimento pela Justiça (PTI), do astro do críquete Imran Khan, sensação da campanha, aposta em um resultado diferente.

O Partido do Povo Paquistanês (PPP, no poder) passou por um autêntico calvário durante a campanha, em consequência das ameaças dos talibãs, de seu péssimo balanço na segurança e na economia nos últimos cincos anos e pela ausência de um líder. O índice de participação, que foi de 44% nas eleições de 2008, será crucial no sábado.

A comissão eleitoral paquistanesa oferecerá os primeiros resultados no sábado à noite. O vencedor será o que conseguir reunir a coalizão majoritária nas próximas semanas.