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Cameron chama conservadores que querem deixar a UE de pessimistas

O premier conservador havia prometido renegociar as condições da permanência do Reino Unido na UE e submeter o novo acordo a referendo antes do final de 2017



A UE, repetiu, "não é suficientemente competitiva, não é suficientemente aberta, não é suficientemente flexível, e não compete de maneira eficaz com as partes do mundo que crescem rapidamente". "A Europa deve ser suficientemente flexível para incluir nela países como o Reino Unido, que não adotaram a moeda única e que não a adotarão, e países que têm a moeda única", disse.

Uma semana depois de eleições locais parciais marcadas pelo avanço do partido antieuropeu e anti-imigração UKIP, Cameron é pressionado por alguns conservadores para que legisle antes do final de seu mandato, em 2015, sobre a realização do referendo.

Mas o texto tem poucas chances de ser aprovado, dada a oposição dos liberal-democratas, sócios minoritários da coalizão governamental, e dos trabalhistas. Nos últimos dias, duas figuras importantes do Partido Conservador defenderam no jornal The Times uma saída da UE.

Depois de Nigel Lawson, ministro das Finanças durante a era Margaret Thatcher, que alegou nesta terça-feira (7/5) os benefícios econômicos de uma saída, nesta quinta-feira (9) foi a vez do ex-ministro da Defesa, Michael Portillo, que pediu uma saída imediata. Ele classificou de "estratagema política" a postura defendida por Cameron que, segundo ele, levará apenas a uma "renegociação mínima".