<div style="text-align: justify"><span style="font-weight: bold">JERUSALEM -</span> O mufti de Jerusalém, Mohammed Hussein, a mais alta autoridade religiosa dos territórios palestinos, é interrogado nesta quarta-feira (8/5) por mais seis horas de interrogatório sobre seu suposto envolvimento em incidentes na Esplanadas das Mesquitas, informou a polícia israelense.<br /><br />Na Cidade Velha de Jerusalém, a polícia também prendeu mais de uma dezena de pessoas acusadas de perturbação à ordem pública quando marcharam celebrando a ocupação israelense da parte oriental da cidade iniciada em 1967.<br /><br />Estes manifestantes passaram por bairros de Jerusalém em que vivem principalmente árabes para celebrar o aniversário da ocupação, também chamada de "Dia de Jerusalém" pelo Estado de Israel.<br /><br />"O mufti foi liberado após seis horas de interrogatório sobre o incidente ocorrido na terça-feira no Monte do Templo (Esplanada das Mesquitas) e sobre suas recentes declarações sobre este local", declarou o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld.<br /><br />Segundo a polícia, durante os tais incidentes, foram jogadas cadeiras contra um grupo de judeus. O mufti Hussein não foi indiciado, acrescentou o porta-voz, sem dar mais detalhes.<br /><br />A Esplanada das Mesquitas, que os muçulmanos chamam de "Nobre Santuário" (Haram al Sharif) e os judeus de Monte do Templo, em referência ao segundo templo judeu destruído pelos romanos no ano 70 d.C, cujo principal vestígio é o Muro das Lamentações, é um lugar sagrado para o islamismo e o judaísmo.<br /><br />O governo de Israel considera Jerusalém como sua capital "unificada e indivisível", mas a comunidade internacional não reconhece a anexação da parte oriental da cidade, que os palestinos querem converter na capital de seu futuro Estado.<br /><br /><a href="#h2href:%7B%22titulo%22:%22Pagina:%20capa%20-%20mundo%22,%22link%22:%22%22,%22pagina%22:%22134%22,%22id_site%22:%2233%22,%22modulo%22:%7B%22schema%22:%22%22,%22id_pk%22:%22%22,%22icon%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22,%22id_treeapp%22:%22%22,%22titulo%22:%22%22,%22id_site_origem%22:%22%22,%22id_tree_origem%22:%22%22%7D,%22rss%22:%7B%22schema%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22%7D,%22opcoes%22:%7B%22abrir%22:%22_self%22,%22largura%22:%22%22,%22altura%22:%22%22,%22center%22:%22%22,%22scroll%22:%22%22,%22origem%22:%22%22%7D%7D"><span style="color: #ff0000; font-weight: bold">Leia mais notícias em Mundo</span></a><br /><br />Paralelamente, deputados jordanianos exigiram que o governo expulse o embaixador israelense no país, Daniel Nevo, após a prisão do mufti de Jerusalém, informou a agência de notícias Petra.<br /><br />"Os (150 membros) da câmara baixa do Parlamento, por unanimidade, exigiram que o governo peça ao embaixador israelense que deixe a Jordânia e chame o embaixador da Jordânia em Israel para consultas.<br /><br />Petra indicou que a votação foi "em resposta às medidas de ocupação israelenses na mesquita de Al Aqsa".<br /><br />O presidente palestino, Mahmoud Abbas, em um comunicado também condenou "a prisão pelas autoridades de ocupação israelenses do mufti de Jerusalém e dos Lugares Santos palestinos de Mohamed Hussein".<br /><br />Por sua parte, o ministério israelense dos Cultos anunciou nesta quarta-feira que irá pedir a alteração da lei existente para que os judeus possam rezar na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental.<br /><br />"Queremos que os judeus que desejam orar no local possam fazê-lo", declarou El-Hanã Glat, diretor do ministério de Assuntos Religiosos, a uma comissão parlamentar.<br /><br />A lei israelense permite que os judeus rezem na Esplanada, mas confia a missão à polícia para avaliar a situação de modo a não perturbar a ordem pública. Na verdade, a oração está proibida desde que Israel ocupou Jerusalém Oriental em 1967.<br /><br />"Como podemos aceitar que os judeus não tenham o direito de rezar no lugar mais sagrado para eles?", exclamou Moshe Feiglin, deputado da ala radical do Likud, o partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.</div>