Com os vizinhos começando a se aglomerar, Berry levou a foragida para uma casa vizinha e ela conseguiu assim ligar para o 911, o telefone de emergência dos Estados Unidos.
";Me ajude", falou Berry, visivelmente nervosa. "Sou Amanda Berry. Fui sequestrada e estou desaparecida há dez anos, e estou aqui, estou livre agora". "Certo", respondeu o operador do 911. "Fique aí com seus vizinhos e fale com a polícia quando ela chegar".
Ramsey também ligou para o 911 e contou a mesma história. "Ela disse que se chama Linda Berry ou qualquer merda assim. Eu não sei quem ela é", afirmou.
"Ela é negra, branca ou hispânica?", perguntou o operador. "É branca, mas o bebê dela parece hispânico". "As pessoas que ela disse que fizeram isso, sabe dizer se estão na casa?", prosseguiu o operador. "Não faço a menor ideia, cara", respondeu Ramsey.
Quando a polícia chegou, Berry revelou que outras duas mulheres - DeJesus e Knight - estavam dentro da casa. Elas foram rapidamente resgatadas e os investigadores isolaram o imóvel para poder investigá-lo minuciosamente.
O dono da casa, um ex-motorista de ônibus escolar, Ariel Castro, 52 anos, foi preso - ironicamente lanchando também na rede de fast food vizinha -, assim como seus irmãos Pedro, 54, e Oneil, 50.
As três mulheres passaram a noite no hospital MetroHealth de Cleveland, onde o médico Gerald Maloney confirmou que estavam em boas condições apesar de seu suplício. "Elas conseguiam falar, estavam bem, e a equipe do hospital está tratando de sus necessidades. Isso é bom. Esse tipo de história geralmente não tem esse final", comentou.
Em seu site de pessoas desaparecidas, o FBI, que oferecia uma recompensa de 25 mil dólares por uma informação que levasse a Berry, imediatamente trocou a condição para "resgatada". Enquanto isso, no YouTube, Ramsey tornou-se um herói e seu vídeo de entrevista virou viral.