Esses ataques limitaram a capacidade de vários partidos de fazer campanha no terreno e podem ter um impacto sobre a participação da população nesta eleição fundamental para a consolidação democrática do Paquistão, de 180 milhões de habitantes e habituado com golpes de Estado.
Os talibãs paquistaneses do TTP, um grupo islamita armado hostil à realização de eleições, consideradas não islâmicas, e que multiplica seus ataques contra partidos laicos em Karachi (sul) e Peshawar (norte), reivindicaram grande parte dos atentados durante a companha, incluindo o de segunda-feira contra um candidato local da JUI-F, Munir Khan Orakza;.
Os talibãs afirmaram se tratar de "um ataque contra Munir Orakza;, porque ele foi membro do governo durante os últimos cinco anos. Foram claros em dizer que o ataque não se dirigia ao partido, membro da coalizão no poder, majoritariamente laico e próximo aos insurgentes.
Mais de 600 mil membros das forças de segurança, incluindo 50.000 soldados, devem fazer a guarda dos colégios eleitorais no sábado para tentar garantir a realização das eleições, segundo a comissão eleitoral paquistanesa. E o chefe do poderoso Exército, o general Ashfaq Kayani, reiterou o apoio dos militares a esta eleição cujo objetivo é, segundo ele, o de reforçar o estado de direito e acabar com a alternância "entre a democracia e a ditadura".