Andreotti, que escapou de todos os escândalos aos quais foi relacionado durante mais de 60 anos na política, desde os contratos no setor do petróleo dos anos 60, passando pelo sequestro e morte de Aldo Moro em 1978 e até a acusação de cumplicidade com a Cosa Nostra nos anos 90, foi um dos líderes mais influentes da Democracia Cristã.
Com problemas de saúde, não participou nas votações do mês passado no Parlamento para a eleição do presidente da República, cargo que nunca conseguiu alcançar. Seus eternos inimigos nunca pouparam críticas. "Um grande estadista. Do Vaticano. O secretário permanente da Santa Sé", o definiu uma vez o ex-presidente da República Francesco Cossiga, rival e correligionário.
Devoto, Andreotti comparecia à missa todos os dias às sete da manhã e era capaz de conversar com os papas em latim. "O divino", "o incombustível", "o equilibrista", entre outras alcunhas, era considerado o homem que administrou o poder na Itália após a Segunda Guerra Mundial. Sua morte provocou muitas reações em todo o país.
Pouco antes de completar 90 anos, Andreotti ainda fazia bom uso de seu surpreendente sarcasmo e senso de humor. Participava de importantes programas de televisão e concedia entrevistas a várias publicações.
Confiou seu lendário e temido arquivo pessoal com 3.500 pastas, entre elas 200 sobre o Vaticano e 80 sobre Estados Unidos, ao católico Instituto Don Sturzo. "Conheço alguns segredos de Estado, mas os levarei ao paraíso. Nunca gostei da política espetáculo", afirmou em uma entrevista ao jornal La Repubblica.
"O inoxidável", que foi membro da Assembleia Constituinte em 1946 aos 27 anos e iniciou a carreira parlamentar em 1948, admitiu que se tinha um desejo, era o de que Deus concedesse uma "prorrogação".
O personagem provavelmente o político que tinha mais segredos escondidos, também será lembrado por suas frases célebres. "O poder desgasta quem não o tem", "fora as guerras púnicas, me culpam por tudo", "é pecado pensar mal dos outros, mas com frequência se acerta" estão entre os aforismos que entraram para a história.
Suas relações privilegiadas com o Vaticano, iniciadas quando era um brilhante estudante de Direito e frequentava a biblioteca da Santa Sé, o transformaram na face política da Igreja Católica.
"Sobrevoou com invejável leveza a longa resenha dos anos passados", escreveu há quatro anos o jornal do Vaticano, L;Osservatore Romano, depois de publicar uma ampla entrevista na qual falava de sua juventude, de alguns dos seis pontífices que conheceu de perto, da história e do futuro.
Com problemas de saúde, não participou nas votações de abril no Parlamento para a eleição do presidente da República, cargo que nunca conseguiu alcançar. Com seu habitual tom enigmático confessou ser esse seu maior fracasso pessoal: não ter conseguido a presidência da República.
"Como os militares olham as insígnias dos generais, eu também tinha aspirações, objetivos importantes", confessou Andreotti.
Pouco antes de completar 90 anos, Andreotti ainda fazia bom uso de seu surpreendente sarcasmo e senso de humor. Participava de importantes programas de televisão e concedia entrevistas a várias publicações.
Confiou seu lendário e temido arquivo pessoal com 3.500 pastas, entre elas 200 sobre o Vaticano e 80 sobre Estados Unidos, ao católico Instituto Don Sturzo. "Conheço alguns segredos de Estado, mas os levarei ao paraíso. Nunca gostei da política espetáculo", afirmou em uma entrevista ao jornal La Repubblica.
"O inoxidável", que foi membro da Assembleia Constituinte em 1946 aos 27 anos e iniciou a carreira parlamentar em 1948, admitiu que se tinha um desejo, era o de que Deus concedesse uma "prorrogação".
O personagem provavelmente o político que tinha mais segredos escondidos, também será lembrado por suas frases célebres. "O poder desgasta quem não o tem", "fora as guerras púnicas, me culpam por tudo", "é pecado pensar mal dos outros, mas com frequência se acerta" estão entre os aforismos que entraram para a história.
Suas relações privilegiadas com o Vaticano, iniciadas quando era um brilhante estudante de Direito e frequentava a biblioteca da Santa Sé, o transformaram na face política da Igreja Católica.
"Sobrevoou com invejável leveza a longa resenha dos anos passados", escreveu há quatro anos o jornal do Vaticano, L;Osservatore Romano, depois de publicar uma ampla entrevista na qual falava de sua juventude, de alguns dos seis pontífices que conheceu de perto, da história e do futuro.
Com problemas de saúde, não participou nas votações de abril no Parlamento para a eleição do presidente da República, cargo que nunca conseguiu alcançar. Com seu habitual tom enigmático confessou ser esse seu maior fracasso pessoal: não ter conseguido a presidência da República.
"Como os militares olham as insígnias dos generais, eu também tinha aspirações, objetivos importantes", confessou Andreotti.