Jornal Correio Braziliense

Mundo

Doentes terminais e crônicos no Chile protestam contra custo de remédios

A manifestação, que contou com cerca de 5 mil pessoas, procura chamar a atenção do governo para que se crie um fundo nacional de medicamentos


A manifestação, que contou com cerca de 5 mil pessoas, procura chamar a atenção do governo para que se crie um fundo nacional de medicamentos que permita o acesso à medicamentos das pessoas com doenças terminais e crônicas.

"Há uma proposta para um problema. A ideia é criar um fundo nacional de medicamentos, mas precisa ser apoiado pelo Estado e pelo setor privado", declarou após a marcha, Ricarte Soto, jornalista que organizou a mobilização e que sofre de câncer de pulmão.

"Atualmente nós pagamos muito caro por nossos medicamentos, algumas pessoas não têm recursos para adquiri-los e acabam se endividando, é uma enorme desigualdade", disse à AFP, Monica Castillo, que sofre de câncer de mama.

O tratamento de doenças crônicas e terminais no Chile tem custos elevados e, em muitos casos, não podem ser pagos pelo doente, que acaba adquirindo empréstimos ou hipotecas.

No Chile, 16% da população tem seguro privado de saúde que dá acesso a um tratamento adequado, mas de alto custo e cujos valores sobem a cada ano de acordo com a idade, sexo e risco, enquanto cerca de 15 milhões de pessoas precisam recorrer a um serviço público com recursos insuficientes para atender ao excesso de demanda.