Sofia - Um búlgaro de 47 anos que na quarta-feira tentou se suicidar ateando fogo ao próprio corpo não resistiu aos graves ferimentos nesta sexta-feira, tornando-se a sexta vítima de imolações desde fevereiro na Bulgária, informou o hospital de Smolian (sul).
Ventsislav Kozarev foi hospitalizado em estado grave com queimaduras em 85% de seu corpo. Segundo a polícia, esse ato desesperado foi provocado por razões pessoais.
A Bulgária viveu uma série inédita de tentativas de imolação ao mesmo tempo em que era realizado no país um movimento de protesto contra a pobreza e a corrupção durante os meses de fevereiro e março. Segundo a polícia, no total sete búlgaros tentaram se suicidar dessa maneira desde o início da crise. Apenas um sobreviveu. Três deles tinham reivindicações políticas, os outros estavam desesperados com a pobreza e a falta de perspectiva para eles e suas famílias.
A Bulgária foi sacudida por manifestações, por vezes violentas, provocadas pelo forte aumento das contas de fornecimento de energia elétrica, que desencadearam protestos contra a pobreza e a corrupção das elites políticas. O movimento obrigou o primeiro-ministro conservador Boiko Borissov a renunciar no dia 20 de fevereiro.
As eleições legislativas antecipadas estão previstas para o dia 12 de maio. As pesquisas apontam Boiko Borissov como vencedor, mas sem maioria para governar.