O incidente ocorreu durante sessão parlamentar transmitida ao vivo pelo canal de televisão da AN (ANTV). No momento da agressão, as câmaras foram desviadas para o teto do local, o que impediu os telespectadores de ver o que estava ocorrendo.
No entanto, as emissoras de TV privadas na Venezuela divulgaram imagens do deputado opositor Julio Borges com ferimentos no rosto e hematomas. Os deputados Ismael Garcia, Maria Corina Machado, Nora Bracho, César Rincones e Abelardo Díaz denunciaram ataques da parte de parlamentares ligados ao governo.
De acordo com informações repassadas em comunicados da oposição, os deputados agredidos foram hospitalizados. Opositores divulgaram três vídeos das agressões. O protesto que terminou nas cenas de violência era realizado com vuvuzelas, apitos e cartazes.
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Por outro lado, deputados do Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), do presidente Nicolás Maduro, também denunciaram que sofreram agressões. Ontem à noite, Maduro falou em cadeia nacional de rádio e televisão e disse que o o incidente não deve se repetir.
[SAIBAMAIS]"Não estamos de acordo com a violência. Houve uma sampablera (desordem pública) e sabíamos que a oposição vinha provocar com violência". Maduro disse que conversou com o presidente do parlamento (Diosdado Cabello), que "vai tomar as medidas de autoridade e disciplina para que não se repitam fatos como esse".
As agressões ocorrem uma semana depois de o deputado opositor venezuelano William Dávila ter sido golpeado na cabeça, dentro da Assembleia Nacional.
O presidente da casa, Diosdado Cabello, acusou hoje (1;) a oposição de ter montado a agressão com o apoio da Globovision, emissora de tv opositora ao governo. ;Isso foi uma montagem preparada por Julio Borges e Ismael Garcia;, disse Cabello.
Depois das eleições de 14 de abril, alguns deputados opositores questionam o resultado. Desde então, o presidente da AN tem dito que não dará a palavra a deputados que não reconhecem a vitória de Maduro sobre Henrique Capriles.