"O que fizemos de ruim? Eu seguia para o trabalho. Olhem os corpos. Esta é a liberdade que pedem?", questionou um homem em uma entrevista exibida pelo canal estatal.
A televisão oficial exibiu as imagens de dois corpos na calçada e uma grande nuvem de fumaça no local da explosão, enquanto os bombeiros tentavam apagar o incêndio provocado pelo atentado.
Também nesta terça-feira (30/4) foram registrados violentos combates entre o exército sírio e os rebeldes em Saladino, bairro ao leste de Damasco, segundo o OSDH. A aviação matou 15 insurgentes em um ataque na periferia do aeroporto de Mennegh, ao norte de Aleppo, que os rebeldes cercam há meses.
As forças oficiais também bombardearam bairros na região de Damasco e as províncias de Homs (centro), Raqa (norte), Latakia (noroeste) e Idleb (noroeste). A utilização pelos rebeldes de mísseis terra-ar levou a Rússia a proibir que aviões comerciais sobrevoem a Síria.
Na segunda-feira (29/4), uma aeronave russa com 200 passageiros a bordo foi aparentemente alvo de dois disparos de mísseis terra-ar. A agência federal russa da aviação, a Rosaviatsia, explicou que a proibição dos voos comerciais entrou em vigor na segunda-feira por tempo indeterminado. Ao mesmo tempo, o governo dos Estados Unidos continua avaliando se as forças militares sírias utilizaram armas químicas.
O jornalista italiano Domenico Quirico, que trabalha para o jornal italiano La Stampa, está desaparecido há 20 dias na Síria. Ele entrou no país procedente do Líbano em 6 de abril. Sete jornalistas permanecem desaparecidos na Síria.
Desde o início do conflito, em março de 2011, 23 jornalistas e 58 cidadãos-jornalistas morreram na Síria, segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).