Roma - Entre os novos membros do governo formado este sábado pelo moderado Enrico Letta, se destaca a titular do novo ministério da Integração e primeira mulher negra a alcançar o posto de ministra na História da Itália, Cecile Kyenge.
"É um passo decisivo para mudar a Itália concretamente", disse esta oculista de 49 anos, de origem congolesa, que chegou à Itália em 1983.
Sua prioridade, o direito à nacionalidade italiana por nascimento. "Provavelmente vou encontrar resistência, termos que trabalhar muito para chegar a isto", admitiu. A cidadania italiana se determina por filiação (direito de sangue).
"Uma criança, filha de imigrantes, que nasceu e cresceu aqui, deve ser cidadã italiana", afirmou.
Deputada do Partido Democrata (esquerda) e primeira mulher de origem africana a ocupar uma cadeira no Parlamento, Kyenge defende também a anulação do delito de imigração clandestina.
Para a nova ministra, também é necessário "lutar contra a violência de gênero, racista, homofóbica e de qualquer outra natureza".
O Partido Democrata de Letta comemorou esta nomeação, que "demonstra com coerência o fato de acreditar em uma Itália mais integradora e realmente multicultural".