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Manifestantes queimam bandeira americana em Amã contra presença militar

O presidente sírio, Bashar al-Assad, alertou que a guerra civil em seu país poderia chegar a Jordânia, que ele acusa de treinar os rebeldes e facilitar a entrada de "milhares" de combatentes na Síria

Amã, Jordânia - Manifestantes jordanianos queimaram uma bandeira dos Estados Unidos nesta sexta-feira (26/4) em Amã para protestar contra o envio de tropas americanas no reino. Quase 400 pessoas marcharam pela Cidade Velha de Amã cantando "Nós não queremos ver (soldados) americanos", segundo um fotógrafo da AFP.

[SAIBAMAIS]Partindo da Grande Mesquita de Al-Husseini e convocados pela oposição de esquerda e movimentos juvenis, os manifestantes carregavam cartazes com os dizeres "O exército árabe (jordaniano) nos protege" e "A presença americana mina a soberania nacional". Alguns manifestantes queimaram uma bandeira americana antes da marcha se dividir em duas partes, uma em direção ao palácio real, com vista para o centro da cidade, e outra para a prefeitura.



Manifestações semelhantes ocuparam as ruas de Irbid (norte) e Zarqa, reduto islâmico a oeste de Amã, onde os manifestantes gritavam "América é a cabeça da serpente" e "Síria livre, América fora", de acordo com testemunhas. Em meados de abril, Washington anunciou o reforço de sua presença militar na Jordânia para treinar o exército jordaniano e intervir, se necessário, para garantir a segurança das armas químicas na Síria.

Com este reforço, a presença militar na Jordânia superou 200 homens, de acordo com uma autoridade americana. Na quinta-feira (25/4), um funcionário da defesa dos Estados Unidos, declarou que não há planos para lançar uma ação militar na Síria, embora, de acordo com informações, Damasco provavelmente tenha usado armas químicas.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, alertou que a guerra civil em seu país poderia chegar a Jordânia, que ele acusa de treinar os rebeldes e facilitar a entrada de "milhares" de combatentes na Síria.