Na quarta-feira, o chefe da polícia mencionou o plano dos dois irmãos de ir a Nova York, mas acrescentou que o objetivo era "festejar". Foi o que Djokhar disse em um primeiro momento, explicou nesta quinta. Durante o segundo encontro, ele explicou que com seu irmão eles tinham decidido "espontaneamente" ir a Nova York e atacar a Times Square, após terem levado um carro junto com seu motorista na quinta à noite perto de Boston, indicou Kelly.
Infelizmente para eles, acrescentou, o carro não tinha combustível o bastante. Eles então pediram que seu proprietário parar em um posto de combustíveis, mas o motorista escapou e ligou para a polícia, que, em seguida, começou a perseguir o carro. O irmão mais velho foi morto pouco depois de uma troca de tiros, e o mais jovem ficou gravemente ferido e foi detido na sexta-feira, escondido em um barco.
O duplo atentado de Boston, perto da linha de chegada da maratona da cidade, deixou três mortos e 264 feridos em 15 de abril. Desde os atentados de 11 de setembro de 2001 nas Torres Gêmeas do sul de Manhattan que deixaram cerca de 3.000 mortos, as autoridades americanas asseguram ter frustrado vários ataques contra os Estados Unidos.
A popular Times Square, coração do bairro de casas de espetáculos de Nova York e conhecida por sus anúncios de neón, foi alvo de um atentado fracassado em 1; de maio de 2010, quando a polícia desmantelou um carro-bomba que não chegou a explodir.
Um cidadão americano de origem paquistanesa, Faisal Shahzad, de 30 anos, foi detido três dias depois e condenado em outubro de 2010 à prisão perpétua depois de ter confessado ser o autor da tentativa.
Nesta quinta, a mãe dos irmãos Tsarnaev fez fortes críticas ao governo americano pela morte de um de seus filhos, enquanto o padre anunciou que pretende viajar aos Estados Unidos para tentar esclarecer o ocorrido. Os pais dos suspeitos foram interrogados no Daguestão pelo FBI (polícia federal americana) e pelos serviços secretos russos (FSB).