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Exército sírio avança rumo ao bastião rebelde de Quseir, próximo ao Líbano

Quseir é uma fortaleza rebelde há um ano e uma das cidades mais importantes nas mãos dos insurgentes

Beirute - O exército sírio avançava este domingo rumo ao bastião rebelde de Quseir, no centro do país, após tomar o controle de várias cidades estratégicas próximas, informou a imprensa síria, uma ONG e um militante rebelde. Quseir é uma fortaleza rebelde há um ano e uma das cidades mais importantes nas mãos dos insurgentes na região de Homs, estratégica para o regime sírio porque une a capital, Damasco, com a costa.

"As tropas leais apoiadas por combatentes do Hezbolah (libanês, pró-sírio) tomaram o controle de importantes cidades na província de Quseir", declarou Rami Abdel Rahmán, diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Entre elas, Al Burhaniyé, Al Radwaniyé e a colina de Nabi Mando, de onde dividem posições dos rebeldes. O exército também tomou o controle da estrada que parte da fronteira sírio-libanesa e margeia o rio Oronte, a oeste da cidade de Quseir. Os combates, que causaram dezenas de mortos esta semana, continuavam nos arredores destas localidades.

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[SAIBAMAIS]"A situação é muito ruim. Tentam tomar o controle das cidades que rodeiam Quseir para nos atacar na cidade", explicou à AFP pela internet Hadi Al Abdalá, militante anti-regime, desde Quseir.

"O exército controla cidades da província de Quseir", escreveu o diário Al Watan, próximo ao regime sírio, que falou de quatro povoados tomados. "Há uma grande mudança na tática militar do exército, que se tornou mais preciso alcançando seus objetivos", afirmou o jornal.

No sábado a oposição síria recebeu o apoio dos Estados Unidos que anunciou em Istambul o fornecimento de material militar de defesa à rebelião, o que não inclui armas.

Já o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, afirmou neste domingo que o país está disposto a considerar a suspensão do embargo decretado pela União Europeia (UE) sobre as armas destinadas à oposição síria se outros países concordarem.

"Se um ou dois países da UE consideram que não há risco de que essas armas caiam em mãos erradas, a Alemanha respeitará esta decisão", declarou Westerwelle à imprensa, um dia depois da reunião em Istambul do grupo dos "Amigos da Síria".