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Iraquianos votam pela primeira vez desde saída das tropas americanas

A contagem dos votos começará no domingo, mas os resultados oficiais serão divulgados no mês que vem



Além disso, diante da instabilidade que reina em Bagdá, a capital decidiu adiar as eleições em Al-Anbar (oeste) e Nínive (norte), duas províncias de maioria sunita onde ocorrem muitas das manifestações antigovernamentais há quatro meses.

A campanha, assim como os primeiros meses do ano, foram marcados por um forte aumento da violência.

Quatorze candidatos foram assassinados desde o início deste ano e os atentados se multiplicaram. Mais de 100 pessoas perderam a vida ao longo da semana passada em atentados, entre eles um contra um café em um bairro sunita do oeste de Bagdá.

Na manhã deste sábado ocorreram novos incidentes. Duas pessoas ficaram feridas por tiros de morteiro perto de um colégio eleitoral no sul de Bagdá, e uma bomba explodiu na província de Babilônia, perto da casa de um membro das forças de segurança, sem deixar feridos.

"Não tem volta"
Em uma tentativa de tranquilizar os iraquianos, Al-Maliki explicou para "aqueles que tremem pelo futuro do Iraque e temem um retorno da violência e da ditadura que as cédulas de votação são a arma que nos permitirá lutar.

"Não tem volta", prometeu na rede pública de televisão Iraquiya depois de votar.

As forças de segurança reforçaram os controles e todas as forças a serviço dos ministérios de Interior e Defesa foram mobilizadas, segundo Saad Maan, porta-voz do primeiro.

Apenas os veículos que contavam com permissão especial podiam circular e os arredores dos colégios eleitorais estavam protegidos com alambrados.

No total, 8.000 candidatos aspiram aos 378 assentos em jogo.

Estas eleições são fundamentais no sistema federal iraquiano. As assembleias provinciais se encarregam de designar o governador responsável por dirigir a administração provincial, as finanças e os esforços de reconstrução.