Bagdá - O Iraque vive uma nova onda de violência na véspera das eleições provinciais deste sábado, as primeiras desde a retirada das tropas americanas no final de 2011, com a morte de 35 pessoas em ataques nos últimos dois dias.
As eleições devem servir como um termômetro da popularidade do primeiro-ministro Nouri al-Maliki, muito criticado por membros de sua coalizão e pela minoria sunita, e para mostrar a capacidade das forças de segurança em manter a ordem.
Mas nesta sexta-feira (19/4) novos ataques contra mesquitas deixaram dez mortos e 27 feridos. Nos ataques mais fatais, em Khalis, na província instável de Diyala, ao norte de Bagdá, quatro morteiros mataram sete pessoas e feriram outras doze. De acordo com um policial e um médico, o alvo dos disparos era uma mesquita sunita.
Mais ao norte, em Kirkuk, uma bomba matou uma pessoa e feriu 15. A bomba tinha como alvo uma mesquita xiita. Estes novos episódios de violência ocorrem após o ataque a um café no oeste de Bagdá, que matou 27 pessoas. De acordo com fontes médicas e da segurança, entre as vítimas estavam três crianças e uma mulher.
Todas as janelas das lojas e de casas vizinhas foram destruídas, informou um jornalista da AFP que visitou o local dos ataques desta sexta-feira. Os moradores não escondem sua indignação contra as forças de segurança. "Vivemos em meio à explosões. Embora elas (forças de segurança) não sejam a causa dos ataques, contribuem, porque são preguiçosos e não mantém o controle. Tudo isso é culpa das autoridades", reclamou um homem que não quis se identificar.
Estes novos ataques ainda não foram reivindicados, mas os insurgentes sunitas, incluindo membros da al-Qaeda no Iraque, continuam a realizar ataques diários na tentativa de desestabilizar o governo de Nouri al-Maliki.
Em resposta ao ataque de quinta-feira à noite, o exército e a polícia reforçaram seus postos de controle em toda a capital iraquiana. O bairro de Amriya, local do atentado, está sujeito a um toque de recolher até novo aviso.
Déficit de credibilidade
De modo geral, e para garantir a segurança durante as eleições de sábado, Saad Maan, porta-voz do ministério do Interior, declarou à AFP que em todo o país, "as forças dos ministérios do Interior e da Defesa estarão envolvidas" no esquema de segurança.
Sábado, 13,8 milhões de eleitores iraquianos são chamados a renovar as assembleias provinciais de 12 das 18 províncias. A campanha eleitoral foi marcada por um aumento acentuado na violência. Quatorze candidatos foram assassinados desde o início do ano. Março foi o mês mais mortífero, e, desde domingo, 118 pessoas morreram em meio à violência.
Além disso, as eleições sofrem com a falta de credibilidade, de acordo com diplomatas e analistas. Apenas dois terços das províncias iraquianas votam. As três províncias da região autônoma do Curdistão têm seu próprio calendário eleitoral e em Kirkuk (norte) a disputa entre governo e Curdistão impede de haver votação.
Além disso, dada a instabilidade, o governo decidiu adiar a eleição em Nínive (norte) e em Anbar (oeste), duas províncias predominantemente sunitas, onde protestos anti-governo se sucedem desde o final de dezembro. Manifestantes sunitas exigem a renúncia de Nuri al-Maliki e o fim da "marginalização" que eles consideram ser vítimas.
No plano político, o chefe de Governo enfrenta uma crise prolongada. Seus parceiros na coalizão de governo o acusam de monopolizar o poder e o Parlamento não aprova uma legislação de importância desde as eleições parlamentares de março de 2010.
As eleições devem servir como um termômetro da popularidade do primeiro-ministro Nouri al-Maliki, muito criticado por membros de sua coalizão e pela minoria sunita, e para mostrar a capacidade das forças de segurança em manter a ordem.
Mas nesta sexta-feira (19/4) novos ataques contra mesquitas deixaram dez mortos e 27 feridos. Nos ataques mais fatais, em Khalis, na província instável de Diyala, ao norte de Bagdá, quatro morteiros mataram sete pessoas e feriram outras doze. De acordo com um policial e um médico, o alvo dos disparos era uma mesquita sunita.
Mais ao norte, em Kirkuk, uma bomba matou uma pessoa e feriu 15. A bomba tinha como alvo uma mesquita xiita. Estes novos episódios de violência ocorrem após o ataque a um café no oeste de Bagdá, que matou 27 pessoas. De acordo com fontes médicas e da segurança, entre as vítimas estavam três crianças e uma mulher.
Todas as janelas das lojas e de casas vizinhas foram destruídas, informou um jornalista da AFP que visitou o local dos ataques desta sexta-feira. Os moradores não escondem sua indignação contra as forças de segurança. "Vivemos em meio à explosões. Embora elas (forças de segurança) não sejam a causa dos ataques, contribuem, porque são preguiçosos e não mantém o controle. Tudo isso é culpa das autoridades", reclamou um homem que não quis se identificar.
Estes novos ataques ainda não foram reivindicados, mas os insurgentes sunitas, incluindo membros da al-Qaeda no Iraque, continuam a realizar ataques diários na tentativa de desestabilizar o governo de Nouri al-Maliki.
Em resposta ao ataque de quinta-feira à noite, o exército e a polícia reforçaram seus postos de controle em toda a capital iraquiana. O bairro de Amriya, local do atentado, está sujeito a um toque de recolher até novo aviso.
Déficit de credibilidade
De modo geral, e para garantir a segurança durante as eleições de sábado, Saad Maan, porta-voz do ministério do Interior, declarou à AFP que em todo o país, "as forças dos ministérios do Interior e da Defesa estarão envolvidas" no esquema de segurança.
Sábado, 13,8 milhões de eleitores iraquianos são chamados a renovar as assembleias provinciais de 12 das 18 províncias. A campanha eleitoral foi marcada por um aumento acentuado na violência. Quatorze candidatos foram assassinados desde o início do ano. Março foi o mês mais mortífero, e, desde domingo, 118 pessoas morreram em meio à violência.
Além disso, as eleições sofrem com a falta de credibilidade, de acordo com diplomatas e analistas. Apenas dois terços das províncias iraquianas votam. As três províncias da região autônoma do Curdistão têm seu próprio calendário eleitoral e em Kirkuk (norte) a disputa entre governo e Curdistão impede de haver votação.
Além disso, dada a instabilidade, o governo decidiu adiar a eleição em Nínive (norte) e em Anbar (oeste), duas províncias predominantemente sunitas, onde protestos anti-governo se sucedem desde o final de dezembro. Manifestantes sunitas exigem a renúncia de Nuri al-Maliki e o fim da "marginalização" que eles consideram ser vítimas.
No plano político, o chefe de Governo enfrenta uma crise prolongada. Seus parceiros na coalizão de governo o acusam de monopolizar o poder e o Parlamento não aprova uma legislação de importância desde as eleições parlamentares de março de 2010.