Durante a noite de quinta foram registrados enfrentamentos em várias regiões do Bahrein. Testemunhas indicaram que a polícia havia jogado granadas ensurdecedoras e bombas de gás lacrimogêneo nos manifestantes, que queimaram pneus, bloquearam as principais ruas e jogaram pedras e cóqueteis molotov contra as forças de segurança.
Esses choques foram registrados longe das ruas que levam ao circuito de Sakhir, ao sul de Manama, onde será disputada a competição de domingo. As forças de segurança estão em alerta máximo para impedir que eventuais confrontos prejudiquem a corrida. Este acontecimento parece uma vitrine para a economia desta pequena monarquia do Golfo, afetada por distúrbios inspirados na Primavera Árabe.
Na quinta, a Human Rights Watch acusou a Fórmula 1 de "ignorar os abusos em matéria de direitos". As forças de segurança do Bahrein "intensificaram suas ações repressivas durante a preparação para a corrida de 2013", acrescentou esta organização não-governamental de defesa dos direitos humanos.
A prova foi cancelada em 2011, mas foi disputada no ano passado. De acordo com grupos de defesa dos direitos humanos, 80 pessoas morreram nos distúrbios no Bahrein desde fevereiro de 2011.