Os animais ficarão em órbita durante um mês e voltarão à Terra no dia 18 de maio para que os cientistas possam estudar às consequência de sua estada no espaço. "É para determinar até que ponto nosso organismo se adapta às condições de falta de gravidade e compreender o que é preciso fazer para garantir a supervivência em voos muito longos", afirmou o diretor do programa do Centro Espacial Russo, Valéri Abrashkin, à rádio pública.
Uma fonte do cosmódromo de Baikonur admitiu que parte dos ratos foram substituídos depois de uma briga que causou a morte de um dos animais. "Estamos enviando ao espaço machos, que são agressivos e que podem estar submetidos ao estresse", afirmou a fonte. Os roedores são identificados por um chipe eletrônico implantado em sua pele.
O instituto científico encarregado da missão também indicou que foram enviados ao espaço ovas de peixes, microorganismos, grãos e plantas, para estudar os efeitos da falta de gravidade sobre sua evolução. A nave Bion-M prevê aterrissar no mesmo dia que uma cápsula de retorno com cosmonautas humanos à região russa de Orenburgo (Urais).
As experiências deste tipo foram feitas anteriormente com macacos para preparar as missões humanas a bordo da estação soviética Mir e depois da Estação Espacial Internacional (ISS). A primeira experiência soviética deste tipo com um animal foi feito com a cachorrinha Laika, em 1957, que precedeu o primeiro voo de um homem ao espaço, o de Yuri Gagarin em 1961.
A cadelinha morreu ao final de algumas horas no espaço.