Bombeiros, policiais e integrantes das equipes de socorro corriam contra o tempo, até a noite de ontem, em busca de possíveis sobreviventes da gigantesca explosão que arrasou na noite anterior uma fábrica de fertilizantes na pequena cidade de West, no estado americano do Texas. As informações iniciais mencionavam cinco a 15 mortos, além de dezenas de feridos, mas o prefeito Tommy Muska admitia que o saldo poderia chegar a 60 ou 70 mortes. West, com cerca de 2,5 mil habitantes, tem sua economia assentada nas atividades do complexo, e mais de 60 casas foram destruídas pela explosão, cujo impacto foi comparado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos ao de um terremoto com magnitude 2,1 na escala Richter. ;Foi como uma bomba nuclear;, comparou o prefeito.
A explosão, dois dias depois do ataque à bomba contra a Maratona de Boston, alimentou os temores de que o país estivesse testemunhando mais um atentado de grande porte, mas, passadas 24 horas, as autoridades ainda não sabiam apontar as causas do incidente. Embora a hipótese de uma ação criminosa não estivesse descartada, o policial Patrick Swanton afirmou que inicialmente não foram encontrados indícios de que tenha ocorrido ;algo diferente de um incêndio acidental;. A fábrica fica próxima a Waco, cidade que foi palco, em 1993, de um confronto no qual morreram 76 integrantes de uma seita religiosa. O episódio, que completa 20 anos hoje, inspirou em 1995 o atentado à bomba de um terrorista de ultradireita contra um edifício governamental em Oklahoma, com saldo de 168 mortos.