Washington - Washington trabalha para conseguir a libertação de dois americanos detidos em Cuba e no Irã, mas se nega realizar com Havana uma troca de um deles por cinco espiões cubanos, disse nesta quarta-feira o chefe da diplomacia, John Kerry.
O secretário de Estado disse que congressistas americanos buscam arduamente a libertação de Alan Gross, detido há mais de três anos em Cuba. O governo cubano tenta trocar "Alan Gross pelos cinco espiões que estão detidos aqui nos Estados Unidos e negamos isso porque não há equivalência", afirmou Kerry. "Alan Gross foi detido por engano e não vamos negociar como se fosse espião por espião, que é o que estão tentando alegar", acrescentou.
Gross, de 63 anos, foi detido em dezembro de 2009 por distribuir computadores e equipamentos de comunicação para membros da diminuta comunidade judaica de Cuba como parte de um contrato de sua empresa terceirizada com o Departamento de Estado. Gross foi considerado culpado de "atos contra a independência e a integridade territorial" do Estado cubano e condenado a 15 anos de prisão.
Kerry afirmou que espera que os Estados Unidos possam fazer um apelo aos líderes cubanos para que tratem o caso de Gross como um problema "humanitário". O chefe da diplomacia americana também declarou que Washington está usando canais alternativos para obter mais informações sobre o agente aposentado do FBI Robert Levinson, que desapareceu há cerca de seis anos enquanto viajava no Irã.