Marselha - As mulheres portadoras de próteses mamárias PIP presentes nesta quarta-feira (17/4) na abertura, em Marselha, na França, do processo do fundador da empresa, Jean-Claude Mas, manifestavam impaciência para testemunhar, angústia ante a possibilidade de um adiamento e a revolta contra os que as chamam de "histéricas".
"O que esperamos deste processo é que os culpados tenham a punição que merecem, apesar de sabermos que não estarão à altura do que fizeram", afirmou Alexandra Blanch;re, que preside a associação PPP (Portadoras de Próteses PIP). Ela disse que o processo tem que permitir também "um reconhecimento" das vítimas, que "muitas vezes são apontadas com o dedo". "E, evidentemente, esperamos uma indenização", completou Blanch;re antes de entrar na sala de audiências.
O advogado de 2.800 vítimas, Philippe Courtois, afirmou que suas clientes "estão ansiosas porque desejam o processo aconteça" - foram apresentados vários pedidos de adiamento ou cancelamento - "e impacientes porque têm muitas coisas a falar". "Algumas querem testemunhar porque isto faz parte da terapia, falar e acabar com tantos sofrimentos", completou.
Um grupo de mulheres aguardava ao lado da advogada Sigrid Preissl, que representa 73 austríacas. Elas também pediram justiça porque "sofreram prejuízo material e moral importante", segundo a advogada.
Uma das vítimas, Isabelle Traeger, residente em Paris, contou sua história: em 1992, quando tinha 35 anos, foi diagnosticada com câncer de mama, do qual foi operada e logo depois foi submetida a uma cirurgia reparatória. Ela foi curada da doença, a ponto de disputar corridas de longa distância, mas em 2004 seu médico anunciou que a prótese de soro fisiológico deveria ser trocada. Então ela teve implantada uma prótese PIP.
Em 2010, o desembarcar de um avião sentiu "uma dor muito forte, intensa". A ecografia revelou que a prótese havia rompido e o silicone vazado, mas recebeu a informação de que "não era grave, que poderia viver assim". Ela teve que insistir para ter o implante retirado. A operação custou 1.500 euros. Hoje, Isabelle faz campanha para que todas as afetadas façam o mesmo. Isabelle não consegue esconder a revolta. "Se fossem próteses testiculares, já estariam todas retiradas, mas como somos mulheres, somos todas consideradas histéricas", disse.
"O que esperamos deste processo é que os culpados tenham a punição que merecem, apesar de sabermos que não estarão à altura do que fizeram", afirmou Alexandra Blanch;re, que preside a associação PPP (Portadoras de Próteses PIP). Ela disse que o processo tem que permitir também "um reconhecimento" das vítimas, que "muitas vezes são apontadas com o dedo". "E, evidentemente, esperamos uma indenização", completou Blanch;re antes de entrar na sala de audiências.
O advogado de 2.800 vítimas, Philippe Courtois, afirmou que suas clientes "estão ansiosas porque desejam o processo aconteça" - foram apresentados vários pedidos de adiamento ou cancelamento - "e impacientes porque têm muitas coisas a falar". "Algumas querem testemunhar porque isto faz parte da terapia, falar e acabar com tantos sofrimentos", completou.
Um grupo de mulheres aguardava ao lado da advogada Sigrid Preissl, que representa 73 austríacas. Elas também pediram justiça porque "sofreram prejuízo material e moral importante", segundo a advogada.
Uma das vítimas, Isabelle Traeger, residente em Paris, contou sua história: em 1992, quando tinha 35 anos, foi diagnosticada com câncer de mama, do qual foi operada e logo depois foi submetida a uma cirurgia reparatória. Ela foi curada da doença, a ponto de disputar corridas de longa distância, mas em 2004 seu médico anunciou que a prótese de soro fisiológico deveria ser trocada. Então ela teve implantada uma prótese PIP.
Em 2010, o desembarcar de um avião sentiu "uma dor muito forte, intensa". A ecografia revelou que a prótese havia rompido e o silicone vazado, mas recebeu a informação de que "não era grave, que poderia viver assim". Ela teve que insistir para ter o implante retirado. A operação custou 1.500 euros. Hoje, Isabelle faz campanha para que todas as afetadas façam o mesmo. Isabelle não consegue esconder a revolta. "Se fossem próteses testiculares, já estariam todas retiradas, mas como somos mulheres, somos todas consideradas histéricas", disse.