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Atentados no Iraque matam oito pessoas e deixam dezenas de feridos

O atentado mais violento nesta terça-feira aconteceu em uma zona industrial em Aziziya, sul de Bagdá, onde quatro pessoas morreram na explosão de carro-bomba

Bagdá - Oito pessoas morreram e 22 ficaram feridas em vários atentados ocorridos no centro do Iraque, um dia depois de uma série de ataques que causaram quase 50 mortos. Estes novos atos de violência acontecem a poucos dias das eleições provinciais de 20 de abril, as primeiras desde a saída das tropas americanas em dezembro de de 2011

O atentado mais violento nesta terça-feira (16/4) aconteceu em uma zona industrial em Aziziya, sul de Bagdá, onde quatro pessoas morreram na explosão de carro-bomba. Na véspera, 20 atentados em vários pontos do Iraque deixaram 46 mortos e cerca de 300 feridos.

Nas últimas semanas, foram assassinados 14 candidatos às eleições, que serão realizadas apenas em 12 das 18 províncias do Iraque. Embora os atentados ainda não tenham sido reivindicados, militantes sunitas ligados à Al-Qaeda atacam regularmente alvos governamentais e civis com o objetivo de desestabilizar o país e intimidar candidatos e responsáveis pela organização das eleições.



[SAIBAMAIS]As forças de segurança votaram no sábado com antecedência nestas eleições provinciais, as primeiras desde março de 2010 e também as primeiras eleições desde a retirada das tropas americanas do Iraque, em dezembro de 2011. As três províncias autônomas curdas não realizarão eleições. A de Kirkuk não votará por problemas com as listas eleitorais, enquanto o governo xiita de Nuri al-Maliki adiou as eleições de Anbar (oeste) e de Nínive (norte) alegando a instabilidade nessas duas províncias, onde a minoria sunita protesta há quatro meses contra sua marginalização.

As eleições renovarão as câmaras provinciais, que, por sua vez, deverão eleger os governadores. O governador está a cargo da reconstrução, das finanças e da administração provincial. Mais de 8.000 candidatos disputam 378 assentos nos conselhos provinciais. Cerca de 16,2 milhões de iraquianos estão habilitados para votar, além dos 650 mil membros das forças de segurança.

As eleições são realizadas após um longo conflito entre o primeiro-ministro al-Maliki e vários de seus antigos aliados no governo, uma disputa que, segundo autoridades políticas e diplomáticas, favorece os insurgentes. A violência no Iraque, embora continue sendo diária, caiu significativamente em comparação com o conflito sectário dos anos 2006 e 2007, quando milhares de pessoas morriam a cada mês. No entanto, 271 pessoas faleceram em março, o mês mais mortífero desde agosto, segundo um balanço elaborado pela AFP.