<div style="text-align: justify"><span style="font-weight: bold">Benin</span> - O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, negou a intenção de Teerã de possuir a bomba atômica e denunciou a atitude "colonialista" dos países ricos que exploram os mais pobres durante uma viagem pela África.<br /><br />Ahmadinejad, em visita ao Benin, chamou a energia nuclear de "dom divino", fornecendo eletricidade a um preço acessível. "Eles atacam o Irã e todas as nações que buscam sair da dominação", declarou o presidente em um discurso proferido na Universidade do Benin. "Não precisamos de bomba atômica. Aliás, não é a bomba atômica que ameaça o mundo, mas a moral e a cultura ocidental", acrescentou.<br /><br />Ele também criticou o "pensamento colonialista" dos países desenvolvidos que exploram os países mais pobres. "Para salvar sua economias, eles impõem a guerra para encobrir suas derrotas e o fracasso do sistema capitalista", justificou.<br /><br />As potências ocidentais e Israel suspeitam que Teerã queira possuir a arma atômica sob o pretexto de um programa nuclear civil. O Irã nega e defende o seu direito de desenvolver um programa para fins energéticos e médicos.<br /><br /><a href="#h2href:{"titulo":"Pagina: capa - mundo","link":"","pagina":"134","id_site":"33","modulo":{"schema":"","id_pk":"","icon":"","id_site":"","id_treeapp":"","titulo":"","id_site_origem":"","id_tree_origem":""},"rss":{"schema":"","id_site":""},"opcoes":{"abrir":"_self","largura":"","altura":"","center":"","scroll":"","origem":""}}">Leia mais notícias em Mundo</a><br /><br />Ahmadinejad, que chegou ao Benin domingo (14/4) à noite, deixou a capital no início desta tarde em direção ao Níger, um dos maiores produtores de urânio do mundo. O Irã necessita de urânio para o seu programa nuclear.<br /><br />Aos jornalistas no aeroporto de Cotonu, Ahmadinejad declarou que as duas minas de urânio inauguradas na semana passada no Irã "são suficientes para as ambições" de seu país.<br /><br />No Níger, o presidente iraniano foi muito bem recebido. "Devemos fazer a política que nos interessa, vendendo o nosso urânio a quem quisermos, incluindo o Irã", disse Nouhou Arzika, um importante líder da sociedade civil nigerina. "Somos um Estado soberano, e devemos negociar com quem quisermos", declarou Mahamadou Djibo Samaila, líder da união de estudantes da Universidade de Níger, que já organizou uma manifestação contra a companhia francesa nuclear Areva.<br /><br />Mas as relações entre o Irã e os países africanos não são sempre pacíficas. Uma disputa diplomática em 2010 esfriou as relações com a Nigéria, país mais populoso da África e maior produtor de petróleo do continente, após a retenção no porto de Lagos de um navio proveniente do Irã que transportava armas. Ahmadinejad concluirá seu giro com uma visita a Gana na terça-feira.</div>