Londres - O Reino Unido se prepara para dar seu último adeus à ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, na quarta-feira (17/4), em um funeral com grande pompa e mais de 2 mil convidados, que, assim como o legado dos 11 anos de governo da Dama de Ferro, divide profundamente a população.
A emblemática catedral de St. Paul, no centro de Londres, abrigará este funeral cerimonial que, à exceção do nome e do voo rasante de aviões da Royal Air Force (RAF), que a falecida não queria, terá todas as características de um funeral de Estado, como o realizado na morte de Winston Churcill, em 1965.
Assim como naquela ocasião, a rainha Elizabeth II, que não costuma comparecer às despedidas de seus chefes de governo, fará uma exceção e assistirá à missa acompanhada de seu marido, Philip, duque de Edimburgo.
Os chefes de governo Benjamin Netanyahu de Israel, Stephen Harper do Canadá, Mario Monti da Itália, Donald Tusk da Polônia e Sabah al-Ahmad al-Sabah do Kuwait também confirmaram sua presença em Londres para homenagear Margaret Thatcher, que faleceu no dia 8 aos 87 anos, assim como outras figuras britânicas da política e do espetáculo.
Por desejo da falecida, inquilina de Downing Street de 1979 a 1990, as forças armadas terão um papel de destaque na cerimônia.
Está prevista a participação de mais de 700 militares, muitos deles representantes dos regimentos que lutaram na guerra das Malvinas contra a Argentina, em 1982, o conflito que salvou sua carreira política e forjou sua reputação de "Dama de Ferro".
A cerimônia religiosa, fechada ao público, será transmitida ao vivo pela televisão, mas os britânicos, polarizados sobre a ex-primeira-ministra inclusive depois de morta, poderão acompanhar nas ruas o trajeto de 1,9 km que será percorrido pelo caixão, em meio a um forte esquema de segurança para evitar incidentes.
O custo do funeral de Thatcher, estimado pela imprensa em até 10 milhões de libras (15,3 milhões de dólares, 11,7 milhões de euros), provocou diversas críticas, embora o governo tenha classificado esse número de fantasioso.
"Será uma homenagem merecida a uma grande primeira-ministra", afirmou o atual chefe de governo conservador, David Cameron, considerado um herdeiro político de Thatcher e acusado de utilizar sua morte com fins políticos.
O custo do funeral será coberto, em parte, pela família de Thatcher, que tinha dois filhos, os gêmeos Mark e Carol; e o restante, pelos fundos públicos, num momento em que os britânicos são submetidos a um severo plano de austeridade.
Até o bispo de Grantham, cidade de origem de Thatcher, no leste da Inglaterra, afirmou que a elevada soma era um erro que só servia para atrair problemas.
Segundo uma pesquisa divulgada no domingo pelo Independent on Sunday, 60% dos britânicos são contrários ao pagamento da conta do funeral pelos contribuintes, praticamente o mesmo percentual que considera que Thatcher foi a primeira-ministra que mais dividiu o país.
Centenas de opositores de Thatcher, entre eles muitos militantes esquerdistas majoritariamente jovens, assim como ex-mineiros que sofreram na própria pele as radicais políticas da Dama de Ferro, se reuniram na Trafalgar Square para protestar contra seu legado econômico e social.
A polícia estava em pé de guerra devido a divisões dentro da própria corporação.
Muitos policiais já anunciaram que participarão do protesto convocado pela internet, que convoca os detratores de Thatcher a protestar dando as costas ao caixão durante o funeral.
A polícia anunciou que respeitará o direito ao protesto e, através de uma de suas porta-vozes, Christine Jones, prometeu buscar um equilíbrio entre os manifestantes e aqueles que querem homenagear a controversa ex-primeira-ministra.
bur-ra/esb/ma/dm
A emblemática catedral de St. Paul, no centro de Londres, abrigará este funeral cerimonial que, à exceção do nome e do voo rasante de aviões da Royal Air Force (RAF), que a falecida não queria, terá todas as características de um funeral de Estado, como o realizado na morte de Winston Churcill, em 1965.
Assim como naquela ocasião, a rainha Elizabeth II, que não costuma comparecer às despedidas de seus chefes de governo, fará uma exceção e assistirá à missa acompanhada de seu marido, Philip, duque de Edimburgo.
Os chefes de governo Benjamin Netanyahu de Israel, Stephen Harper do Canadá, Mario Monti da Itália, Donald Tusk da Polônia e Sabah al-Ahmad al-Sabah do Kuwait também confirmaram sua presença em Londres para homenagear Margaret Thatcher, que faleceu no dia 8 aos 87 anos, assim como outras figuras britânicas da política e do espetáculo.
Por desejo da falecida, inquilina de Downing Street de 1979 a 1990, as forças armadas terão um papel de destaque na cerimônia.
Está prevista a participação de mais de 700 militares, muitos deles representantes dos regimentos que lutaram na guerra das Malvinas contra a Argentina, em 1982, o conflito que salvou sua carreira política e forjou sua reputação de "Dama de Ferro".
A cerimônia religiosa, fechada ao público, será transmitida ao vivo pela televisão, mas os britânicos, polarizados sobre a ex-primeira-ministra inclusive depois de morta, poderão acompanhar nas ruas o trajeto de 1,9 km que será percorrido pelo caixão, em meio a um forte esquema de segurança para evitar incidentes.
O custo do funeral de Thatcher, estimado pela imprensa em até 10 milhões de libras (15,3 milhões de dólares, 11,7 milhões de euros), provocou diversas críticas, embora o governo tenha classificado esse número de fantasioso.
"Será uma homenagem merecida a uma grande primeira-ministra", afirmou o atual chefe de governo conservador, David Cameron, considerado um herdeiro político de Thatcher e acusado de utilizar sua morte com fins políticos.
O custo do funeral será coberto, em parte, pela família de Thatcher, que tinha dois filhos, os gêmeos Mark e Carol; e o restante, pelos fundos públicos, num momento em que os britânicos são submetidos a um severo plano de austeridade.
Até o bispo de Grantham, cidade de origem de Thatcher, no leste da Inglaterra, afirmou que a elevada soma era um erro que só servia para atrair problemas.
Segundo uma pesquisa divulgada no domingo pelo Independent on Sunday, 60% dos britânicos são contrários ao pagamento da conta do funeral pelos contribuintes, praticamente o mesmo percentual que considera que Thatcher foi a primeira-ministra que mais dividiu o país.
Centenas de opositores de Thatcher, entre eles muitos militantes esquerdistas majoritariamente jovens, assim como ex-mineiros que sofreram na própria pele as radicais políticas da Dama de Ferro, se reuniram na Trafalgar Square para protestar contra seu legado econômico e social.
A polícia estava em pé de guerra devido a divisões dentro da própria corporação.
Muitos policiais já anunciaram que participarão do protesto convocado pela internet, que convoca os detratores de Thatcher a protestar dando as costas ao caixão durante o funeral.
A polícia anunciou que respeitará o direito ao protesto e, através de uma de suas porta-vozes, Christine Jones, prometeu buscar um equilíbrio entre os manifestantes e aqueles que querem homenagear a controversa ex-primeira-ministra.
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