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Suíça mantém sua política em relação ao sigilo bancário

A ministra insistiu em suas dúvidas sobre um modelo universal de intercâmbio automático de informação

Genebra - A Suíça defende a coexistência de vários modelos em termos de sigilo bancário e se mantém a favor da troca de informação pontual e não automática, afirmou neste sábado a ministra das Finanças, Eveline Widmer-Schlumpf, em entrevista ao jornal Le Temps.


"Hoje, a norma é o intercâmbio de informação com prévia solicitação, e não o intercâmbio automático de informação. A Suíça continua com sua estratégia de dinheiro ;limpo;, que foi lançada no mês de dezembro", declarou. A ministra insistiu em suas dúvidas sobre um modelo universal de intercâmbio automático de informação.

Esta semana, Luxemburgo - que enfrenta uma grande pressão para que seu sistema financeiro seja modificado para não possibilitar mais oportunidades de fraude fiscal - afirmou que terá uma legislação de trocas automáticas de dados bancários com os sócios da União Europeia (UE) a partir de 2015.

"Poderemos introduzir o intercâmbio automático (de dados bancários) sem risco algum a partir de janeiro de 2015", informou o primeiro-ministro, Jean-Claude Junker.

O importante setor financeiro luxemburguês - que segundo os críticos atrai capitais com a garantia do sigilo bancário - está preparado para modificar as normas de funcionamento, segundo o primeiro-ministro. "O setor financeiro não depende exclusivamente do sigilo bancário. E com as novas normas não ficaremos no escuro", disse.

"Nossa praça financeira não vive do dinheiro sujo nem da fraude fiscal", insistiu, admitindo que o país enfrentou uma forte pressão dos Estados Unidos.