Na abertura oficial da campanha, há dez dias, Maduro, que chega aos comícios dirigindo um ônibus, narrou na casa onde nasceu o presidente falecido que certo dia, quando rezava, Chávez apareceu como um pássaro e assobiou em sinal de bênção.
Embora esta imagem tenha sido motivo de piada por Capriles, Maduro, como aprendeu com seu mentor, reverteu a zombaria e passou a assobiar como um pássaro a cada novo comício. Em Zulia abriu o ato cantando e assobiando.
Autoproclamando-se "filho" e "apóstolo" de Chávez, Maduro espera uma vitória emocional e encerrou cada cada encontro com eleitores exibindo o vídeo do último discurso do presidente, quando pediu que votassem em seu afilhado político.
Capriles, que é apresentado como um homem jovem e moderado, evitou mencionar Chávez, mas adotou uma forte campanha contra seu rival, a quem chama "Nicolás", "mentira fresca" (mentira nova) e "enchufado" (favorecido).
Com até cinco comícios diários, os candidatos dizem que estão dando o sangue para esta eleição.
A tensão no país começa a crescer na Venezuela com a aproximação da eleição. Na quarta-feira, uma dúzia de pessoas ficaram feridas em confrontos entre chavistas e opositores em Mérida (oeste).