Washington - A primeira votação no Senado dos Estados Unidos sobre a reforma da legislação de venda de armas de fogo ocorrerá na próxima quinta-feira (11/4), apesar da ameaça de obstrução por parte dos republicanos, qualificada de insólita pelo vice-presidente Joe Biden, anunciou um porta-voz democrata.
O chefe da maioria democrata no Senado, Harry Reid, anunciou que na quinta ocorrerá a primeira votação sobre o procedimento da reforma e, para impedir que o debate seja bloqueado, serão necessários os votos de 60 dos 100 senadores.
[SAIBAMAIS] Segundo Biden, "podemos dizer agora que não apenas alguns senadores não querem tomar uma posição pública, mas também estão prontos para impedir que outros assumam uma posição. Isto é quase insólito".
O vice-presidente foi encarregado por Barack Obama de acompanhar a reforma proposta pelo governo após o massacre na escola de Newtown, em dezembro passado, no qual morreram 20 crianças e seis adultos.
"Imaginem o que poderão dizer agora nas outras capitais do mundo. O restante do planeta acompanha de perto o que fazemos", destacou Biden.
Os democratas têm apenas 55 cadeiras no Senado e precisarão do apoio de legisladores republicanos. Segundo um levantamento realizado nesta terça-feira pela imprensa americana, os 60 votos parecem possíveis, mas para as demais votações o resultado é imprevisível.
Treze senadores da ala mais conservadora do partido republicano, entre eles o senador pela Flórida Marcos Rubio, já citaram a possibilidade de utilizar um mecanismo para impedir a discussão do tema no Senado.
"Para os americanos será como um tapa se não fizermos nada sobre a verificação dos antecedentes (de compradores de armas), sobre a segurança das escolas e sobre o tráfico de armas, agora que todos acham que estas são boas ideias", declarou Reid em entrevista coletiva.