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África do Sul lança programa para diminuir os gastos do tratamento de aids

Pelo programa, os pacientes vão diminuir de três para um a quantidade de comprimidos ingeridos diariamente

A África do Sul, país com elevado índice de contaminação de HIV/aids, lançou nesta segunda-feira (8/4) um novo programa de distribuição de medicamentos antirretrovirais (ARV) que pretende simplificar e reduzir os custos do tratamento. Pelo programa, os pacientes vão diminuir de três para um a quantidade de comprimidos ingeridos diariamente. O tratamento custará em média 7,50 euros, segundo o Ministério da Saúde sul-africano.

Na primeira fase, será dada prioridade às pessoas que receberam o diagnóstico recentemente, principalmente mulheres grávidas e aquelas que amamentam. Os demais pacientes, cerca de 1,9 milhão de pessoas, vão passar a receber uma dose única diária de medicação, após consulta médica.



O novo programa é resultado da ação conjunta de três laboratórios farmacêuticos, Aspen Pharmcare, Cipla Medpro e Mylan Pharmaceuticals. O objetivo é abranger 2,5 milhões de pessoas, nos próximos dois anos.

O ministro da Saúde sul-africano, Aaron Motsoaledi, disse que o objetivo é ampliar a rede de atendimento aos pacientes que precisam de tratamento específico. Na África do Sul, há cerca de 6 milhões de pessoas infectadas com o vírus da aids, o equivalente a 11% da população do país. As autoridades sul-africanas se preocupam também com a tuberculose.

O diretor do Conselho Nacional de Luta contra Aids da África do Sul, Vuyiseka Dubula, disse que os desafios do governo são evitar que as pessoas insistam na sobredosagem e controlar a tuberculose ; uma das complicações causadas pelo vírus HIV. Segundo ele, 70% dos soropositivos sul-africanos também sofrem de tuberculose.